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Violência e política se chocam em “Sicario – Terra de Ninguém”

Uma das estreias desta quinta (22/10), filme com Emily Blunt, Benicio Del Toro e Josh Brolin narra uma tensa missão americana na fronteira do México com os Estados Unidos

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Lionsgate/Divulgação
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1 de 1 Lionsgate/Divulgação - Foto: Lionsgate/Divulgação

Durante “Sicario”, a personagem de Emily Blunt é frequentemente filmada em situações pouco confortáveis. Com olhares de dúvida e gestos desconcertados, ela parece não sacar o que acontece ao seu redor. Nem nós, espectadores. Agente do FBI, Kate Macer é convidada para participar de uma operação sigilosa, que ambiciona derrubar um cartel mexicano.

Eis o cartão de visitas, assim que ela chega na cidade de Juárez: três corpos decapitados e dependurados numa ponte. Seus companheiros de jornada também não ajudam: Alejandro (Benicio Del Toro), cuja função é misteriosa, e Matt Graver (Josh Brolin), um cínico agente que diz se reportar ao Departamento de Defesa.

Falsa profundidade
Dirigido pelo canadense Denis Villeneuve, “Sicario” parece se esconder atrás de uma pretensa atmosfera de seriedade. Responsável pelos frustrantes thrillers “O Homem Duplicado” (2013) e “Os Suspeitos” (2013), o cineasta parece mais preocupado em provocar mal-estar do que conduzir uma narrativa de ação.

Esse urgente “alerta” sobre a brutalidade do tráfico de drogas até rende bons momentos, como a longa sequência em Juárez: enquanto carros de escolta mexicanos abrem caminho para a passagem de vans americanas, cria-se uma expectativa em torno da aleatoriedade da violência. É como se uma troca de tiros pudesse ocorrer a qualquer momento.

A construção dramática, porém, apenas esbarra nos procedimentos da missão. A necessidade de causar impacto inspira Villeneuve a elaborar um dispensável arco secundário, mostrando um simples policial distrital que mais adiante se envolverá na trama principal.

“Sicario” soa tão instrutivo quanto ingênuo. A primeira informação que surge na tela diz respeito ao título: em inglês, significa hitman (mercenário ou matador de aluguel). Numa cena involuntariamente engraçada, Kate pesquisa sobre cartéis no Google e faz expressão de choque mesmo após já ter visto cadáveres mutilados a metros de distância. Por fim, Villeneuve ainda almeja refletir sobre as brechas legais que as corporações de segurança utilizam para investigar criminosos. Tanto barulho por nada.

Avaliação: Regular

Veja salas e horários de “Sicario – Terra de Ninguém”.

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