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Salas VIP de cinema: vale pagar mais para ver um filme?

O Metrópoles visitou as duas únicas salas VIP de cinema em Brasília, no ParkShopping e no Itaú, e conta se a experiência compensa o preço

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
cinema vip do park shopping
1 de 1 cinema vip do park shopping - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Quem costuma frequentar os cinemas regularmente notou que o programa ficou caro de uns tempos para cá. Uma ida solitária pode chegar a fáceis R$ 50, colocando na conta ingresso, balde de pipoca e refrigerante. Em família, torna-se um programa de R$ 200. Fora as filas homéricas de fim de ano. Mas há sempre a opção de pagar mais e evitar estresse. Bem mais, na verdade. Basta optar pela sala VIP de cinema. Brasília tem apenas três delas.

Na comparação com outros estados, a capital sai perdendo em todos os quesitos — quantidade e qualidade. O circuito de São Paulo, por exemplo, além de ser mais amplo, possui diversas opções de salas exclusivas e atraentes combinações de filme e gastronomia. É assim no Cinépolis do shopping JK Iguatemi e no Cinemark Prime do shopping Cidade Jardim.

Das redes disponíveis, duas oferecem ambientes VIP. O Espaço Itaú (CasaPark) tem um certo ar de cinema de rua, com café na entrada. Nas instalações do Kinoplex no ParkShopping (foto no alto), duas salas Platinum permitem ao cliente transitar por lobby exclusivo antes da sessão. Aí vai um lembrete: a qualidade de projeção e som é praticamente a mesma das salas comuns.

Mas vale mesmo pagar caro apenas para ver um filme? O custo-benefício não compensa. Afinal, o preço é cerca de 40% mais caro e os benefícios não acompanham esse aumento. No entanto, se o consumidor tem uma grana sobrando e curte um luxo a mais, vale passar pela experiência.

Ficou na dúvida? O Metrópoles visitou as salas VIP e conta como foi a experiência:

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Platinum – Kinoplex (ParkShopping)
Como funciona: O espaço Platinum tem sua própria bilheteria (dois guichês) e bombonière. Na prática, pode-se comprar o ingresso nos totens eletrônicos e zanzar pelo ParkShopping até o horário da sessão. Quem prefere ficar por perto pode acessar um lobby exclusivo, com sofazinhos e mesas. As duas salas revelam tamanho semelhantes (52 e 62 lugares) e sempre passam filmes distintos.

Ingressos: R$ 50 (segunda a quarta) e R$ 60 (quinta a domingo e feriado)

Atendimento: A bombonière exclusiva revela atendimento um pouco truncado. Os produtos disponíveis não são listados de maneira visível. Cardápios individuais fazem falta. Refrigerantes e pipocas possuem o mesmo preço da lanchonete lá fora. A novidade está na embalagem, na possibilidade de transportar a refeição em bandeja e nos azeites (R$ 6 cada) para regar o balde. Os atendentes não anotam pedidos dentro da sala. É preciso solicitar antes, pagar e pedir para entregar depois, já durante o filme.

Conforto: As salas Platinum parecem menos escuras do que as convencionais. O visual mais cristalino e iluminado possibilita andar pelo tapete sem risco de tombo ou tropeção. No quesito limpeza, nota-se extrema diferença para os espaços comuns – nada de chão grudento, portanto. Aciona-se um botão para reclinar as poltronas e há espaço considerável entre os assentos, evitando aquela cotoveladinha sem querer, além de mesinha e suporte para copo. Mas, quando esticados, os pés limitam o trânsito pela fileira de cadeiras. É bom levar casaco para não sofrer com o ar-condicionado.

Comida: Para comer, o espectador pode ir de pão de queijo em porção (R$ 10 a R$ 20), donuts (R$ 7) e sorvete (R$ 12 a R$ 34). Poucas opções. As bebidas representam o ponto forte do menu: cerveja long neck (R$ 12, Sol ou Heineken), vinhos (R$ 34 a taça) Alamos Malbec, Alamos Chardonnay (branco), Carménère e Cabernet Sauvignon e até espumante Vallontano (R$ 56, 375 ml).

 

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Sala VIP – Espaço Itaú (CasaPark shopping)
Como funciona: A sala VIP do Itaú fica, curiosamente, fora do cinema. Situada antes da entrada, comporta-se como um espaço à parte. O exterior é arejado e acolhe um café da rede Scada, com acesso livre para quem transita pelo shopping. A compra de ingresso não possui guichê exclusivo, então é necessário pegar a fila comum ou acessar os totens eletrônicos.

Ingressos: R$ 46 (segunda a quarta) e R$ 60 (quinta a domingo e feriado)

Atendimento: Já que existe uma só bilheteria para todas as salas, a diferença está no café, ornado com um mural do artista Daniel Toys logo na entrada. Pode-se pedir um lanche e levá-lo para comer na sala. Mas não há serviço no interior do espaço. Outra desvantagem é ter que se equilibrar com copos, embalagem para viagem e ingresso nas mãos. Uma bandejinha cairia bem. A abordagem do café é no formato clássico, balcão ou mesa. Vale chegar cedo para não perder a sessão, dependendo da quantidade de pessoas no ambiente.

Conforto: A sala aparenta ser só mais uma, escura e com luzes pontuais, mas seu interior revela notáveis diferenças para os espaços comuns. Poltronas mais espaçosas, com encosto reclinável e suporte para os pés permitem uma boa espreguiçada durante os trailers. Tem mesinha e lugar para depositar copo. O Itaú sai ganhando no quesito programação, já que acomoda filmes de arte, alternativos e títulos nacionais independentes.

Comida: O espaço aberto permite ficar no café, pertinho da sala, ou ir à bombonière comprar a tradicional pipoquinha (R$ 10, R$ 13 ou R$ 22, no refil). No cardápio do Scada, as bebidas incluem sodas (R$ 9), vários tipos de café e chá gelado (R$ 7,50 a R$ 8). Alcoólicas podem ser avistadas da mesa, mas não figuram no cardápio. Na visita, o repórter pediu o menu separado, mas ele não veio a tempo da sessão. Cerveja lata (R$ 7) pode ser comprada na lanchonete comum. Sanduíches (R$ 11 a R$ 34) e saladas (R$ 33 a R$ 38) representam lanches mais elaborados para quem pretende fugir de salgados e tortas.

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