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Projeto “A Tela da Galera” leva cinema para crianças da Estrutural

Iniciativa é encabeçada pelos amigos Alexandre Carlo, da banda Natiruts, e Alessandro Seco, professor e criador da escolinha de futsal Ajax. Próxima sessão será em 18 de junho

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
1 de 1 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Uma vez por mês, na Cidade Estrutural, uma quadra de esportes é tomada por cadeiras, telão e crianças munidas de pipoca e refrigerante. Em vez de jogo ou treino, tem filme, diversão e debate. Este é o projeto “A Tela da Galera”, que nasceu de conversas entre os amigos de infância Alexandre Carlo, vocalista da banda Natiruts, e Alessandro Seco, professor e fundador da escolinha de futsal Ajax.

“Somos sintonizados na questão da inclusão social. Um na música, o outro no futebol. E agora nos juntamos por meio do cinema”, comemora Seco, 38 anos, que fundou o Ajax no Cruzeiro em 1997. A primeira edição começou como um mero evento pontual, por iniciativa de Carlo.

O músico conheceu o diretor Ivan 13P e sugeriu ao amigo fazer uma sessão do filme “Sabotage – Maestro do Canão” (2015) no espaço do Ajax. Foi um sucesso. Naquele sábado, 30 de abril, 150 cadeiras foram ocupadas por crianças, pais e gente da comunidade. Mais 50 pessoas viram o documentário em pé.

A partir da estreia, Carlo e Seco começaram a pensar em mais filmes com temáticas parecidas, sobre realidade social na periferia. E a ideia tomou fôlego de um projeto mais longo, com sessões mensais e associações com artistas da comunidade e ações envolvendo agentes culturais de outras cidades do DF. A próxima edição já tem data: 18 de junho (sábado), às 19h, com exibição da comédia “Um Suburbano Sortudo”. O projeto está previsto para acontecer durante todo o período da seca.

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As crianças da Estrutural: cinema por elas e sobre elas
“A Tela da Galera” mal começou e já mira um passo além das sessões de cinema. Até o fim do ano, a ideia de Carlo e Seco é “girar um produto criado a partir do próprio projeto”. “Um filme produzido pelas próprias crianças junto com os professores”, diz Seco.

Com uma câmera na mão e uma porção de ideias na cabeça, três garotos deverão filmar durante quinze dias seu cotidiano familiar. “Tipo um BBB”, brinca Seco. “É a favela falando por ela mesma. Queremos explorar o potencial artístico delas”, continua. Por enquanto, o filme passa pela fase de roteiro.

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