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Crítica: “Paixão Obsessiva” é thriller “Tela Quente” com boas atuações

Metade psicológico e metade filme kitsch, o longa prefere não ousar em suas escolhas

atualizado

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paixão obsessiva
1 de 1 paixão obsessiva - Foto: Reprodução

“Paixão Obsessiva” chega em uma boa hora, logo atrás dos seriados “Big Little Lies”, da HBO, e “Feud”, do canal FX, ambos sobre o desenvolvimento de rixas entre mulheres fortes e bem de vida. Também ambientada no sul da Califórnia, o filme começa com o rosto de Julia Banks (Rosario Dawson), em perfil. Virando o rosto para a câmera, vemos que o outro lado de sua face está surrado e arranhado. Na frente dela, um detetive durão faz perguntas sobre seu ex, sua página de Facebook e as mensagens de texto em seu telefone. Algo deu errado.

Antes disso, porém, Julia tem uma vida de sonho: acaba de largar seu emprego em São Francisco para voltar à cidade natal do noivo, David (Geoff Stults), dono de uma cervejaria artesanal. Tudo está excessivamente maravilhoso, até Julia conhecer a ex-mulher dele, Tessa (Katharine Heigl), que descobrimos ser um tanto desequilibrada desde sua primeira cena. Inconformada com a felicidade de David, e mais ainda por ter de expor a filha a uma nova madrasta, ela começa a planejar uma maneira de tirar a “usurpadora” da jogada e recuperar o passado.

Toque Feminino
Escrito e dirigido por mulheres, a trama tem muito interesse em examinar o passado das duas personagens principais para explicar suas psicologias e decisões. Por outro lado, usa do artifício de uma trama de filme B para criar um embate entre elas. Assim, “Paixão Obsessiva” nunca decide se quer ser sério ou brincalhão. Pitadas de Freud se misturam com o trash e a mistura até funciona — mas não se destaca. Esse cabo de guerra impede as ambições de um filme mais autoral.

Para fãs de Rosário Dawson, excelente atriz que sempre se entrega a seus papéis, e de Katherine Heigl, que aproveita o filme para fugir de sua imagem de boa moça, o filme vale a pena. Trata-se, no final das contas, de uma sessão “Tela Quente” com ótimas atuações. O desenrolar da trama, porém, você já viu antes.

Os melhores momentos são aqueles em que o filme arrisca ser cafona: a ideia de um papel para Cheryl Ladd, presença marcante nos thrillers kitsch dos anos 1980, como mãe de Tessa, foi uma escolha inspirada.

Veja os horários de exibição do filme

Avaliação: Regular

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