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Crítica: “No Fim do Túnel” é thriller argentino sobre voyeurismo

Filme com Leonardo Sbaraglia e Clara Lago acompanha os desdobramentos de um vizinho que descobre um roubo a banco

atualizado

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Warner Bros./Divulgação
No Fim do Túnel, filme
1 de 1 No Fim do Túnel, filme - Foto: Warner Bros./Divulgação

Já se tornou tradição de um certo público de cinema elogiar a produção argentina sempre em comparação com o Brasil. Eles têm duas estatuetas do Oscar, nós nenhuma. E por aí vai. Mas existe uma verdade inconveniente nisso tudo: alguns dos grandes sucessos recentes, como “O Segredo dos Seus Olhos” (2009), parecem decalques de thrillers americanos. É também o caso de “No Fim do Túnel”: um filme de inegável apuro técnico e lugares-comuns tipicamente importados.

Visto recentemente em “O Silêncio do Céu”, do brasileiro Marco Dutra, o competente Leonardo Sbaraglia interpreta Joaquín. Preso a uma cadeira de rodas, o engenheiro de computação decide abrir o andar de cima da sua mansão para locação. A solidão é logo interrompida pela chegada de Berta (Clara Lago) e de sua filhinha.

A câmera passeia pelos cômodos da casa com ar de vigilância. É que Joaquín tem um jeito desconfiado mesmo diante de inquilinas aparentemente inofensivas. Lá pelas tantas, ele descobre que a vizinhança é ocupada por um grupo de ladrões. Eles pretendem cavar um túnel sob a mansão de Joaquín e alcançar os cofres de um banco do outro lado da rua.

Visual agradável, roteiro previsível
Rodrigo Grande dirige a narrativa lançando óbvias alusões a “Janela Indiscreta” (1954), o clássico de Hitchcock sobre um fotógrafo de cadeira de rodas que observa a vizinhança, e a filmes de David Fincher, como “Quarto do Pânico” (2002).

No porão, Joaquín instala microfone e câmera para acompanhar a movimentação dos criminosos. Berta é menos confiável do que parece, mas surge como uma personagem calculada para atingir certas notas de sedução e perigo. É uma ex-dançarina misteriosa e errante e perturba a tranquilidade rotineira de Joaquín de formas ambíguas.

Assinado pelo próprio Grande, o roteiro consegue seus melhores momentos quando mistura humor, suspense e violência, sobretudo no clímax. De resto, é um texto que esconde segredos convenientes para depois inventar reviravoltas e viradas na história. Ainda assim, “No Fim do Túnel” parece menos afetado e esquemático do que certos hits argentinos adorados por crítica e público, como “Relatos Selvagens” (2014) e “O Clã” (2015).

Avaliação: Regular

Veja horários e salas de “No Fim do Túnel”.

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