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Carolina Dieckman é uma das boas surpresas no Festival de Gramado

Atriz encara um trabalho difícil desde a primeira cena em “O Silêncio do Céu”, filme sobre violência de gênero. dirigido por Marco Dutra

atualizado

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Pedro Luque/Divulgação
O Silêncio do Ceu
1 de 1 O Silêncio do Ceu - Foto: Pedro Luque/Divulgação

A 44º Festival do Cinema de Gramado tem oferecido a cada dia uma boa surpresa para a plateia. Depois da homenagem a uma emocionada Sonia Braga, na sexta-feira (26/8), e de Andreia Horta convencer todo mundo em “Elis”, de Hugo Prata, no sábado (27/8), no domingo (28/9) foi a vez de Carolina Dieckmann mostrar a que veio em “O Silêncio do Céu”, de Marco Dutra.

“O Silêncio do Céu” já começa difícil para a atriz, para qualquer atriz. A personagem está sendo estuprada na própria casa. Cena dura, brutal. Corte para a rua. Chega um homem, o marido (Leonardo Sbaraglia). Ele ouve o barulho dentro da casa, espia pela janela, vê o que ocorre e… Recua.

Mas as coisas são um pouco mais complexas. Mário, é seu nome, sofre de fobias. Tem medo de tudo. Diana, a mulher, faz uma longa lista de todos os medos do marido. Na verdade, talvez exista um só medo, o da mulher.

O filme — que estreia nos cinemas no próximo dia 22/9 — é o terceiro na carreira de Carolina Dieckman e, como os dois anteriores, “Onde Andará Dulce Veiga?” (2008), de Guilherme de Almeida Prado, e “Entre Nós” (2013), de Paulo e Pedro Morelli, colabora para revelar um talento que vai além do que o público está acostumado a ver da atriz em novelas.

Violência de gênero
“O Silêncio do Céu” não nasceu como um projeto autoral de Marco Dutra. Chegou até ele pelo produtor, Rodrigo Teixeira. Baseia-se num livro do autor argentino Sergio Bizzio, que ocorre ser marido da cineasta Lucía Puenzo. Bizzio e ela escreveram o roteiro que chegou às mãos do produtor.

Por um tempo, o projeto emperrou. Foi adiante quando Teixeira chamou Dutra para dirigir e ele incorporou o roteirista Caetano Gotardo. Na coletiva, Dutra admitiu que teve dúvida. Seria possível levar adiante essa ideia tão forte? Marido e mulher silenciam sobre o ocorrido. E foi nascendo um filme terrível sobre a violência de gênero.

A 44ª edição do Festival do Cinema de Gramado segue até sábado (3/9). A mnostra competitiva de longas prossegue nesta terça-feira (30/8) com a exibição do boliviano “Carga Sellada”, de Julia Vargas.

Com informações da Agência Estado

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