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4 destaques do BIFF, festival que começa nesta sexta (4/11)

A 5ª edição do BIFF reúne 16 filmes na mostra competitiva, retrospectiva de Sergio Leone e pré-estreias

atualizado

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Mama, Penelope Cruz, filme
1 de 1 Mama, Penelope Cruz, filme - Foto: Divulgação

O Festival Internacional de Cinema de Brasília (BIFF) retorna para sua quinta edição a partir desta sexta (4/11). Programado para ocorrer logo após os concorridos Festival do Rio e Mostra de São Paulo, o evento marca sua identidade com uma mostra de filmes inéditos dirigidos por jovens cineastas. As sessões ocupam o Cine Brasília e o Cine Cultura Liberty Mall até o próximo dia 13/11.

Dezesseis longas de 15 países, entre documentário e ficção, compõem a seção competitiva. “Álbum”, do turco Mehmet Can Mertoglu, e “Exercícios da Memória”, da paraguaia Paz Encina, são alguns dos destaques. Retrospectiva de Sergio Leone, criador do faroeste espaguete, mostra Mundo Animado e pré-estreias completam a programação.

O critério para seleção na mostra competitiva busca garimpar diretores iniciantes, que estejam no máximo em seu terceiro longa. Anna Karina de Carvalho, curadora e programadora do Cine Cultura, trouxe essa ideia do Festival de Estocolmo (Suécia). Lá, foram revelados filmes importantes como “Cães de Aluguel” (1992), de Quentin Tarantino.

“A mostra competitiva lá ainda é para primeiro, segundo ou terceiro filme. A gente imprime um pouco disso aqui. O BIFF vem para desbravar”, explica. Vale lembrar outro elemento importante do evento: o melhor filme é escolhido por júri popular. “A cidade é cinéfila, nasceu filmada. O público é o dono da história”.

Veja quatro destaques da quinta edição do BIFF:

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Mostra de ficção: retratos contemporâneos
Dois dos oito selecionados se destacam pela presença em festivais fortes. “Álbum” (foto), longa de estreia do turco Mehmet Can Mertoglu, passou na Semana da Crítica em Cannes. Um casal adota uma criança para melhorar de vida, mas se recusa a admitir tal coisa.

Vencedor do prêmio de roteiro em Berlim, “Estados Unidos pelo Amor”, do polonês Tomasz Wasilewski, acompanha quatro mulheres de idades distintas que resolvem abraçar a liberdade. Outro trabalho chamativo é a animação francesa “As Mãos Daquela Menina”, baseada em conto dos irmãos Grimm.

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Mostra de documentário: correspondências e reencontros
Histórias de violência em escalas diversas se fazem presentes nos documentários. “Pizarro” (Colômbia), de Simón Hernandez, e “Exercícios da Memória” (Paraguai), de Paz Encina (foto), revisitam os porões de governos opressores em busca de sentido e reflexão. “Masoumeh – Marcas da Opressão” traz olhar feminino sobre a situação da mulher no Irã a partir de um caso de brutalidade doméstica.

Mas há também filmes que trilham outros caminhos. “Al Purdy Esteve Aqui”, de Brian D. Johnson, desenha biografia do escritor e poeta canadense a partir de entrevistas com amigos e artistas. O chinês “Escada para o Paraíso” vai ao topo do mundo, no Everest, para explicar como são treinados os guias de montanhismo.

Oscars/Divulgação

Retrospectiva de Sergio Leone, o mestre do faroeste espaguete
Sergio Leone é desses mestres de carreira curta, mas única na história do cinema. O italiano morreu aos 60 anos e dirigiu nove filmes. O suficiente para revolucionar o faroeste com irreverência e apuro visual e ainda se despedir com o monumento gângster “Era uma Vez na América” (1984). A retrospectiva percorre seis filmes de Leone a começar por “Por um Punhado de Dólares” (1964), com Clint Eastwood (foto acima), longa de abertura (para convidados) no Cine Brasília.

Antes da sessão, a Orquestra Sinfônica executa trechos da inesquecível trilha sonora. Mais cinco completam a mostra: “Por uns Dólares a Mais” (1965), “Três Homens em Conflito” (1966), “Era uma Vez no Oeste” (1968), “Quando Explode a Vingança” (1971) e “Era uma Vez na América”. Só filmaço.

California Filmes/Divulgação

Fora de concurso: Penélope Cruz e novo Richard Linklater
Três novidades serão mostradas fora de competição ao longo do BIFF. “Ma Ma”, filme de Julio Medem estrelado por Penélope Cruz (foto no topo), tem sessão única no domingo (13/11) de encerramento, somente para convidados. Mas duas pré-estreias exibem inéditos para o público geral.

“Ídolos”, do israelense Hany Abu-Assad (“Paradise Now”), narra os sonhos de um músico amador que tenta competir no concorrido programa “Arab Idol”. Quem estranhou a ausência de “Jovens, Loucos e Mais Rebeldes” (foto) no circuito de Brasília – estreou em 20 de outubro em outras capitais – pode ficar tranquilo. A sequência “espiritual” de Richard Linklater para “Jovens, Loucos e Rebeldes” (1993) passa no festival e depois estreia na cidade.

5º BIFF – Festival Internacional de Cinema de Brasília
De 4/11 (sexta) a 13/11 (domingo). No Cine Brasília (106/107 Sul) e Cine Cultura Liberty Mall (Shopping Liberty Mall, Setor Comercial Norte). Ingressos a R$ 12 (inteira), R$ 6 (meia) e R$ 4 (preço único para a mostra Sergio Leone). Programação completa no site do BIFF. A classificação indicativa varia de acordo com os filmes.

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