metropoles.com

Checklist: nova prisão revela que empresas de ônibus também pagavam propina

Funcionário da Pioneira confessa que pagava R$ 4 mil por mês a servidores da Secretaria de Mobilidade para liberar veículos

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Operação Check List 6
1 de 1 Operação Check List 6 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Polícia Civil cumpriu um novo mandado de prisão no âmbito da Operação Checklist, que investiga pagamento de propina para servidores da Secretaria de Mobilidade liberarem ônibus de cooperativas sem fiscalização. O nome de Marlei Afonso de Almeida, preso na manhã desta quarta-feira (6/9), em Ceilândia, surgiu no meio da investigação. Ele é gerente do setor de vistoria da Pioneira. A nova fase da operação revela que as empresas de ônibus também participavam do esquema fraudulento que colocava veículos sem condições de rodar para circular, ameaçando a segurança dos passageiros.

Segundo apurou o Metrópoles, o homem confessou à polícia que pagava, mensalmente, cerca de R$ 4 mil aos servidores. A prática era antiga e perdurou por anos. Outras 11 pessoas detidas pela operação tiveram a prisão temporária prorrogada até domingo (10). A reportagem procurou a empresa que ainda não se manifestou.

A Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (Corf) é responsável pela operação em conjunto com o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). A decisão sobre a prisão temporária foi expedida pela 3ª vara Criminal de Brasília na noite desta terça-feira (5).

As investigações apontam que de cada 54 vistorias realizadas por dia pela equipe da Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Controle (Sufisa), cinco não seguiam os trâmites legais. A suspeita é de que o grupo agia no DF há pelo menos três anos. Dependendo do tipo de irregularidade detectada, o preço da propina variava entre R$ 400 e R$ 800, ainda de acordo com a polícia.

Selo de Vistoria
Os servidores pediam propina para liberar o Selo de Vistoria, que autorizava os veículos rodarem. O documento indicava que o ônibus estava com pneus, óleo, freios, catracas e motor em boas condições. Durante a operação, foram apreendidas duas armas de fogo, um carro, R$ 10,7 mil em dinheiro e um cofre.

“Conforme se depreende dos relatórios acostados e das degravações feitas, não se tem mais dúvidas de que o caso é de uma articulada organização criminosa para a prática reiterada e habitual de delitos contra a Administração Pública”, explicou o promotor de Justiça Fábio Nascimento.

Um dos alvos da operação, foi o ex-policial militar de Goiás Valdir Luiz de França, conhecido como Valdizão. De acordo com o delegado Robson Almeida, ele seria responsável por uma cooperativa e pagava propina para poder circular. Os servidores suspeitos são William Ney Rosa da Silva, Carlos Pereira Rosa, Edson Souza de Oliveira e Williams Fonseca da Cunha.

Outros alvos da operação foram o diretor da Coopertran, Marcus Vinicius Lobo, e o motorista Weber de Jesus. Da Cootransp, os acusados de participar do esquema são o encarregado de manutenção Marcos José Alves Pinto e os operadores Francisco Gomes e Marcos Teixeira.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?

Notificações