Pregos na faixa exclusiva da EPTG ameaçam segurança de motoristas

O acidente envolvendo uma viatura da Polícia Militar na Estrada Parque Taguatinga (EPTG) no sábado (2/7) chamou a atenção para um problema na rodovia que liga Taguatinga ao Plano Piloto. Os tachões — aqueles equipamentos retangulares e amarelos usados para separar pistas, como as faixas exclusivas de ônibus — estão desgastados ou foram arrancados. Dessa forma, pinos de metal que podem rasgar pneus e causar acidentes graves estão expostos em uma via na qual a velocidade máxima é de 80km/h.

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), a rodovia é utilizada por uma média de 130 mil a 140 mil carros a cada dia. Com a greve do metrô e a liberação do corredor exclusivo para todos os veículos, o fluxo na faixa exclusiva se tornou ainda mais intenso do que de costume. O Metrópoles esteve na EPTG na manhã desta segunda-feira (4) e verificou que muitos trechos estão sem os tachões.

A reportagem chegou a ver cerca de 50 metros seguidos sem os refletores, no sentido Águas Claras, na altura da residência oficial do governador. E a ausência deles engana os motoristas: muitos pensam que é melhor trocar de faixa nos intervalos em que não há os dispositivos, mas não veem os pregos, que podem danificar os pneus.

Há tachões partidos ao meio, quebrados em formatos pontiagudos ou mesmo arrebentados. A reportagem também flagrou refletores que foram arrancados e acabaram jogados ao longo da faixa exclusiva com o pino para cima (foto principal).

 

O DER-DF informou ao Metrópoles que está ciente do problema e que a manutenção nas vias é feita de maneira preventiva e corretiva.

A medida adotada será a troca dos tachões. Já está em andamento o processo de aquisição (do equipamento) para substituição nos locais necessários. O problema será solucionado assim que esses dispositivos chegarem

Nota do DER-DF

Acidentes
Na ocasião do capotamento da viatura da PM na via, o pneu do veículo estourou no momento em que o condutor mudou de faixa. O motorista perdeu o controle do carro e um dos policiais fraturou um dedo da mão. Os outros três tiveram escoriações.

Até abril, o DER-DF registrou dois acidentes com vítimas fatais na EPTG. Ao longo de todo o ano passado, foram 215 colisões com feridos e seis que resultaram em morte.