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Chuvas voltam e os buracos se multiplicam pelas ruas do DF

Nos últimos dias teve aguaceiro e quem sofreu foi o asfalto. Vias da capital federal já estão cheias de falhas em vários pontos

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Buraco Helio Prates
1 de 1 Buraco Helio Prates - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A buraqueira que se forma nas vias do Distrito Federal todos os anos com a volta das chuvas já virou tradição. Em 2016, o problema não está diferente. Na segunda-feira (14/11), a equipe do Metrópoles passou por vias do Plano Piloto, de Taguatinga, de Ceilândia, do Park Way e do Guará II e verificou que o aguaceiro do fim de semana causou estragos no asfalto.

Na Avenida Hélio Prates, próximo à Feira Central de Ceilândia, motos, carros e ônibus enfrentam obstáculos a todo momento. “É escapar de um buraco para cair em outro”, reclama o contador Tacio Antônio, de 30 anos.

No Setor de Mansões Park Way, perto da linha do trem, dois buracos forçam a redução da velocidade na via. “As ruas ficam mais perigosas. Temos que ficar atentos”, recomenda o servidor Lincoln Moraes, 29 anos.

Michael Melo/ Metrópoles
“O jeito é desviar de um buraco para cair em outro”, ironiza o contador Tacio Antônio

 

Além de transtornos no trânsito, a situação ruim do asfalto causa prejuízo aos motoristas. “Todo ano é a mesma coisa. Para se ter uma ideia, o crescimento na procura por alinhamento e balanceamento alcança 50% nestes meses”, calcula Luiz Eduardo da Silva, gerente de um estabelecimento especializado em serviços automotivos.

O bolso do contribuinte também sofre com os altos gastos de recuperação das pistas. Apenas com a operação Tapa-Buraco, são cerca de R$ 6 milhões mensais. A atividade, segundo a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), é realizada o ano todo, sendo reforçada nos meses de chuva, quando o asfalto se desfaz.

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Asfalto novo (e ruim)
Segundo o Tribunal de Contas do DF (TCDF), a fragilidade do asfalto na capital federal é anormal. Em auditoria divulgada em outubro, o órgão apontou falhas contundentes na execução de obras de pavimentação e a entrega de serviços aquém da qualidade exigida.

A auditoria teve como foco o programa Asfalto Novo e identificou superfaturamento de R$ 64,6 milhões nas obras de recapeamento e troca de cobertura no Plano Piloto. O valor corresponde a mais de 40% do total pago pelo GDF às 11 empresas contratadas para fazer o serviço, que custou R$ 152 milhões aos cofres públicos. As obras foram realizadas entre 2013 e 2014. A auditoria apontou, ainda, baixa qualidade da pavimentação e sobrepreço de materiais e serviços.

Na época, a Novacap informou, por meio de nota, que “a partir de estudo realizado por sua área técnica, acionou imediatamente as empresas para que refizessem os trechos nos quais foram identificados problemas, uma vez que a obra ainda está dentro da garantia legal de cinco anos”.

Procurado novamente para comentar os buracos que apareceram nas vias do DF no fim da semana passada, o órgão não havia se pronunciado até a última atualização desta matéria.

Editoria de Arte/Metrópoles

 

#bsburaco
Em fevereiro deste ano, o Metrópoles convidou sete artistas de rua para o projeto #bsburaco. A proposta foi enfeitar crateras espalhadas ao longo do DF. Participam do projeto os artistas de rua Ju Borgê, Toys, Omik, Yong, Siren, Gurulino e Rato.

Relembre alguns trabalhos feitos no início do ano:

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