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Terracap pagará conta de água milionária do Mané Garrincha em 6 vezes

Em acordo com a Caesb, estatal conseguiu reduzir o valor da dívida para R$ 1,1 milhão, que serão pagos em parcelas de R$ 188 mil

atualizado

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Felipe Menezes/Metrópoles
estadio Mané garrincha 2
1 de 1 estadio Mané garrincha 2 - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Além de um generoso desconto de 50%, a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) conseguiu dividir em seis vezes a milionária conta de água do estádio Mané Garrincha referente ao mês de junho. Assim, a fatura de R$ 2.266.757 caiu para R$ 1.133,378,50, que serão quitados até dezembro. Cada uma das parcelas custará R$ 188.896,41 à empresa responsável pela gestão da arena.

Essas condições resultam de uma combinação entre a Terracap e a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). “Todas as negociações são feitas em acordo com nossos clientes. O parcelamento é comum para quem tem contas com valores muito acima da média”, informou a Caesb, que ainda aguarda o pagamento da primeira parcela.

A possibilidade de dividir a conta é um alento para a Terracap, que se encontra em uma crise sem precedentes e tenta reduzir gastos. A empresa chegou a dispensar servidores, reduzir diretorias e criar um Plano de Demissão Incentivada (PDI) para economizar recursos.

A salgada conta de água do Mané Garrincha foi noticiada em primeira mão pelo Metrópoles, em 18 de julho. Na ocasião, a reportagem revelou que a fatura de R$ 2,2 milhões correspondia a 62 vezes o valor da média mensal, de R$ 37 mil.

Sindicância
O desperdício hídrico, segundo apurou o GDF, foi resultado de “ação humana”. O problema ocorreu devido à abertura indevida de um dos registros que regulam os reservatórios construídos para armazenar água da chuva na arena. O governo quer saber se houve sabotagem, e a Controladoria-Geral do DF abriu uma sindicância em 28 de julho. A investigação deve ser concluída até o fim de agosto.

O problema fez o consumo de água apurado na conta de junho chegar a 94.295m³ (ou 94,2 milhões de litros de água) no Mané Garrincha. O volume seria suficiente para abastecer cerca de 20 mil pessoas durante um mês. A quantidade garantiria água para moradores de uma cidade do porte da Candangolândia por 35 dias.

Esse desperdício poderia ser convertido em economia caso um projeto de manejo de água, previsto nas obras, tivesse sido executado. Hoje a média mensal da conta de água do estádio é de R$ 37 mil (R$ 432 mil por ano), mas projeções apontam que seria de R$ 15 mil (R$ 182 mil anuais) caso a iniciativa fosse implementada.

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