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Sinpol acusa governo de manipular dados da violência no DF

Sindicato dos Policiais Civis divulgou crimes que tiveram aumento neste ano e não foram publicados nos balanços da SSP

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Esplanada segurança 8
1 de 1 Esplanada segurança 8 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Nesta sexta-feira (15/9), o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-DF) divulgou um levantamento que mostra aumento na incidência de alguns crimes na capital durante o ano de 2017. Esses dados não foram divulgados nos balanços mensais feitos pela Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSP-DF), por isso, o Sinpol acusa a pasta e o Governo do Distrito Federal (GDF) de manipulação.

“O GDF divulga dados manipulados para parecerem positivos e, com isso, justificar a falta de investimentos na Polícia Civil e na Segurança Pública como um todo. Assim, o governo pode continuar desviando recursos do Fundo Constitucional para outras áreas”, denuncia Rodrigo Franco, presidente do Sinpol.

Alguns números divulgados pelo Sinpol chamam atenção. É o caso dos furtos de celular, que, nos primeiros oito meses do ano, cresceram 49%, quando comparados ao mesmo período do ano passado — passaram de 3.811 ocorrências para 5.678. Outros crimes também tiveram aumento significativo: roubo de carga (67%), roubo com restrição de liberdade (20%) e furto em comércio (11%) — veja tabela abaixo.

Arte/Metrópoles

Quando se compara agosto de 2016 ao mesmo mês de 2017, houve 354 casos a mais de furtos de celulares neste ano e 80% a mais de registros de roubos de cargas. Já as ocorrências de roubo com restrição da liberdade da vítima aumentaram 53%. E os roubos a postos de gasolina subiram 17%. Segundo o sindicato, o levantamento foi realizado a partir de dados oficiais da Polícia Civil do DF (PCDF) e da própria SSP.

Eles divulgam apenas os números que lhes interessam. A depender do mês, a SSP verifica quais as modalidades que tiveram uma queda e explora esses dados, deixando de informar, de maneira clara, quais as modalidades que tiveram aumento.

Rodrigo Franco, presidente do Sinpol

Questionada, a Secretaria da Segurança Pública informa que, desde 2015, divulga amplamente dados de criminalidade em entrevistas coletivas, site institucional, redes sociais, e atende aos pedidos de cidadãos advindos por meio da Lei de Acesso à Informação. “Foi registrada queda no acumulado de janeiro a agosto deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior em oito das nove naturezas criminais, sendo elas: homicídio (-19,6%), latrocínio (- 11 casos), lesão seguida de morte (-1 caso), roubo a transeunte (-3,9%), veículo (-9%), comércio (-25,8%), residência (-5,4%) e furto em veículo (-7,4%)”, informou, em nota.

“Ao contrário do que diz o sindicato, os indicadores de criminalidade do DF não são manipulados. Toda ocorrência criminal comunicada às delegacias da Polícia Civil vai para os bancos de dados Millenium e Polares da PCDF, onde fica registrada. A SSP/DF, em seus balanços mensais, divulga os dados filtrados dessas ferramentas que, aliás, são referências nacionais na área de gestão de dados. Portanto, divulgar números sobre segurança pública de forma aleatória, sem análise, descontextualizados, adotando a tática do amedrontamento das pessoas, é um desserviço”, completou a pasta.

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