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Presença das Forças Armadas na Esplanada divide servidores

Militares conferem dados de motoristas e pedestres que se dirigem aos ministérios, após confrontos durante manifestação

atualizado

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Michael Melo/ Metrópoles
exercito na esplanada
1 de 1 exercito na esplanada - Foto: Michael Melo/ Metrópoles

A rotina de servidores que trabalham nos ministérios e visitantes foi alterada após a manifestação que terminou em confronto na Esplanada. Na manhã desta quinta-feira (25/5), militares das Forças Armadas montaram postos de fiscalização para conferir documentos de motoristas e pedestres que se dirigiam à entrada dos prédios.

A medida, em vigor depois de decreto assinado pelo presidente Michel Temer (PMDB), gerou divergências entre quem transita pelo local. Para alguns, a presença do Exército se mostrou despropositada. “Trabalho aqui há mais de 15 anos e nunca precisei me identificar para estacionar o carro. É claro que a baderna de ontem nos deu um grande susto. Mas as Forças Armadas aqui nos remete ao tempo da ditadura”, lamentou o servidor João Cláudio Souza, 52 anos.

Outros, entretanto, defendiam o reforço na segurança. “Se as tropas não agissem, talvez uma tragédia teria ocorrido aqui, em plena capital do país. Os vândalos incendiaram os ministérios, patrimônio da humanidade. Não vejo problema algum do Exército nas ruas”, defendeu o servidor Mauro Cardoso, 63 anos

Os militares foram convocados após o confronto entre PMs  e manifestantes que pediam a saída de Temer e o fim das reformas trabalhistas e da Previdência. O saldo do embate foi de 49 feridos, sendo oito PMs, oito pessoas presas, oito ministérios depredados, além de dois prédios incendiados.

No fim da tarde, em edição extraordinária do Diário Oficial da União, o presidente autorizou as Forças Armadas na Esplanada. Os militares se posicionaram em frente aos ministérios, ao Congresso e na Praça dos Três Poderes.

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Apuração
Nesta quinta, servidores levantam os prejuízos ao patrimônio público e peritos e policiais trabalham para identificar os autores dos atos de vandalismo. Segundo informações dos funcionários, computadores e objetos pessoais foram furtados.

Equipes do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) também ocupam a Esplanada. Cerca de 100 trabalhadores já recolheram mais de 11,5 toneladas de lixo deixado na área central da cidade.

O secretário de Segurança do DF, Edval de Oliveira Novaes Júnior, disse que os policiais militares filmados atirando com armas de fogo durante o protesto foram ouvidos nesta madrugada. Ao todo, foram disparados sete tiros. De acordo com ele, “nada justifica usar armas de fogo durante uma manifestação.”

Novaes Júnior afirmou que após a apuração dos fatos, os PMs podem ser responsabilizados, caso fique comprovado que eles descumpriram o protocolo padrão para eventos como as manifestações, de não usar armas letais.

Segundo a Secretaria de Segurança, os policiais que efetuaram os tiros foram ouvidos ainda durante a madrugada desta quinta e serão responsabilizados pela atitude, se for o caso, após a apuração das imagens em que eles foram flagrados.

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