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Mulher quase cai em golpe de falso sequestro do filho no Lago Sul

Uma funcionária da lanchonete do colégio Sigma chegou a sacar R$ 300 e comprar três cordões de ouro para pagar o resgate

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
golpe do falso sequestro, lago sul
1 de 1 golpe do falso sequestro, lago sul - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Uma funcionária da lanchonete do Colégio Sigma, da QI 9, do Lago Sul quase caiu no golpe do sequestro. A mulher, de 55 anos, chegou a sacar dinheiro da sua conta nesta segunda-feira (27/6), depois que recebeu um telefonema dizendo que o filho, de 34 anos, estaria em poder dos criminosos.

A ligação foi feita em um celular utilizado pelos funcionários do Sigma. Quando o telefone tocou, ela atendeu achando que era o seu chefe solicitando algum serviço. Porém, no outro lado da linha uma pessoa dizia que havia sequestrado seu filho. “Disseram que ele estava amarrado, machucado e todo ensanguentado”, contou a mulher ao Metrópoles, ainda visivelmente abalada.

Vendo que a mulher havia acreditado na história, os criminosos pediram para que ela sacasse R$ 300 no banco. Assim, ela saiu correndo do trabalho, chamando atenção dos colegas, que desconfiaram do golpe e ligaram para os familiares dela. Conseguiram falar com o filho, que é segurança particular, mas ela já havia saído do colégio.

Após sacar o dinheiro pedido, os criminosos pediram para que ela sacasse mais R$ 250 e que fosse ao centro comercial Gilberto Salomão para comprar três cordões de ouro no cartão de crédito. Na compra, a mulher gastou cerca de R$ 2.400.

Assim que seu filho soube do golpe, ele tentou ligar para a mãe pelo celular do serviço. Porém, a mulher foi obrigada a manter a ligação ativa, impedindo o recebimento de outras chamadas. “Eles me diziam que se eu desligasse o celular iriam dar um tiro no meu filho. Além disso, me obrigaram a eu falar ‘meu filho’ e ‘meu amor’ o tempo todo, para que ninguém na rua desconfiasse da ligação”, disse.

Com as joias em mãos, os criminosos pediram para que ela fosse a um ourives revender toda a compra. Porém, ficaram insatisfeitos com o valor oferecido pelo profissional: R$ 300 pelas três peças. Nessa hora, a mulher informou que a bateria estava acabando e que estava sem carregador por perto. “Eles desligaram o telefone e meu filho me ligou na mesma hora. Só nesse momento eu soube que era tudo um golpe”, desabafou.

 

O filho e a mulher foram até a 10º Delegacia de Polícia (Lago Sul) registrar ocorrência. O caso está sendo investigado.

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