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Jovem assaltada perto do UniCeub relata os momentos de pânico

Aos 21 anos, a estudante do 5º semestre de direito Mariana Gomes sofreu um corte profundo na cabeça após levar uma coronhada

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Mariana jovem vítima assalto Uniceub
1 de 1 Mariana jovem vítima assalto Uniceub - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Estudante do 5º semestre de direito do UniCeub, Mariana Gomes viveu os piores minutos de sua vida na noite de terça-feira (28/3), ao ser assaltada em um dos estacionamentos próximos à faculdade, na Asa Norte. Menos de dois dias após o crime, a jovem de 21 anos ainda sente física e psicologicamente o terror de quem teve uma arma apontada para a cabeça.

“Nunca tinha passado por um assalto como esse. Nunca tinha visto uma arma. Então, fiquei bastante nervosa”, relata a estudante, antes de confirmar que foi o pior dia de sua vida.

Mesmo em pânico e com o rosto ensanguentado, Mariana adotou todas as providências possíveis após o assalto. Registrou boletim de ocorrência na 5ª Delegacia de Polícia (região central) na mesma noite. Nesta quarta à tarde, fez exame de corpo e delito, no Instituto Médico Legal. Ela sofreu um corte profundo na testa, após ser golpeada com o cabo do revólver usado por um dos bandidos: precisou levar três pontos para fechar o ferimento.

Reprodução/Whatsapp
Mariana logo após o assalto: muito sangue depois de a estudante levar uma coronhada na cabeça

 

A primeira noite, diz a jovem, ela passou em claro, na casa do namorado Vítor. Mariana revela que a sensação de insegurança ainda se faz presente. Assustada com a ação dos bandidos, ela não foi para a faculdade na manhã dessa quarta-feira (29) e não pretende voltar a estudar no período noturno.

“Estudo de manhã. Estou fazendo sete matérias e duas de noite. Não vou processá-los, mas vou pedir o desligamento dessas matérias (noturnas)”, avisa. Segundo a vítima, a universidade prestou o socorro necessário no dia do crime, mas ela não obteve contato hoje. Em nota, o UniCeub afirma manter comunicação constante com o 3º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelo policiamento na Asa Norte.

Para Mariana, o que importa agora é seguir em frente. “Não sei ainda se vou à aula amanhã. Depende de como acordar”, resume. Ela não descarta a possibilidade de deixar o país para se livrar do trauma.

A ação dos bandidos
O caso ocorreu às 22h20 da terça-feira (28/3), quando Mariana estava dentro de seu carro, um Honda City, e tirava os sapatos para dirigir até em casa, na Asa Sul. Foi abordada por dois bandidos, um deles armado com um revólver.

A jovem contou com a sorte nos minutos mais longos de sua vida. Na abordagem, o ladrão anunciou o assalto e pediu que ela ficasse calada, senão atiraria. A reação de Mariana foi tentar pegar o celular na bolsa, momento em que foi interceptada pelo segundo assaltante, sentado no banco de trás.

Mariana, então, desceu do carro e foi imediatamente atingida com uma coronhada. “Não senti dor na hora”, conta ela. O pedido de socorro, aos gritos, foi ignorado em um primeiro momento. A jovem correu rumo à faculdade pedindo ajuda, enquanto assistia os bandidos acelerarem com seu carro na fuga.

“Estava em um lugar que considerava super seguro e não lembrava o número da minha mãe, do meu pai, namorado, de ninguém. Vieram me ajudar porque estava sangrando muito. Algumas pessoas me reconheceram e perguntaram se queria que mandasse mensagem para os meus familiares no Facebook”, conta.

De acordo com a Polícia Civil, o carro da jovem ainda não foi localizado. Também não foi possível, até o momento, recuperar os pertences de Mariana. A equipe da 5ª DP segue na investigação, mas não identificou nem um dos dois assaltantes.

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