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Após estupro de menina, moradores protestam em Ceilândia

Manifestantes cobram mais segurança na região onde ocorreu o crime e temem a transferência de um albergue para a QNR

atualizado

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Giovanna Bembom/Metrópoles
Manifestação segurança
1 de 1 Manifestação segurança - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

Ceilândia foi palco de um crime revoltante na manhã desta quinta-feira (16/2). Uma menina de apenas 11 anos foi abusada sexualmente quando chegava para a aula na Escola Classe 65, na QNR 2. O crime ocorreu em um matagal, ao lado do colégio. No fim desta tarde, um grupo de moradores fez uma manifestação para cobrar mais segurança na região.

Pelo menos 50 pessoas fecharam o terminal de ônibus, que fica próximo da escola, com colchões e pedras, impedindo os coletivos de sair. Elas estão preocupadas com a possibilidade de transferência de um albergue do Areal para a região, que já é violenta, segundo os próprios moradores. “Não queremos albergue aqui!!” gritaram.

“Aqui o que mais acontece são assaltos em paradas, residências e agora esse estupro. Entramos com uma solicitação na Administração de Ceilândia faz um mês para que esse matagal atrás do colégio fosse cortado”, diz o líder comunitário, João Gomes.

A dona de casa Vera Lúcia de Jesus, 38, moradora da Quadra 4 da QNR, confirma a falta de segurança. “Minha filha de 16 anos já foi assaltada aqui na quadra, dentro do ônibus. Dois homens armados entraram no ônibus e roubaram passageiros, cobrador e motorista”, diz. “Vivemos com medo. Meus filhos vão pra escola e fico preocupado de que algo aconteça com eles”, acrescentou.

A criança foi arrastada à força para o matagal. Segundo a Polícia Militar, uma vizinha teria ouvido os gritos da menina e pediu ao vigilante do colégio que ligasse para os policiais. O suspeito, que estava com uma moto produto de roubo e armado com uma faca, possui várias passagens criminais.

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Após ser flagrado com a criança, o homem foi agredido por populares. Mais de 20 pessoas o cercaram. Ele foi atingido com uma pedrada na cabeça e levou socos no rosto. Chegou a ter a calça abaixada e ficado apenas de cueca. A agressão só acabou quando a Polícia Militar chegou e o levou para dentro da escola.

A menina foi encontrada com a blusa rasgada e em estado de choque. Tanto ela quanto o suspeito foram levados para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC). O caso está sendo investigado pela 24ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) como estupro de vulnerável. Depois de atendido, o suspeito foi levado para a delegacia.

Em nota, a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh) informou que os usuários da Unidade de Acolhimento para Adultos e Famílias (Unaf) do Areal não serão transferidos para a de Ceilândia. “A Unaf de Ceilândia será uma nova unidade”, destacou o órgão.

De acordo com o capitão Maurício Hebert, assessor de imprensa da PMDF, a corporação, além do policiamento escolar, faz rondas na região onde ocorreu o estupro. Mas ele garante que, após o crime, a segurança será reforçada na área.

Reprodução/TV Record
Suspeito de praticar estupro estava armado com uma faca

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