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Secretário defende ação da PM em protesto e é atacado em rede social

Thiago Jarjour, adjunto de Trabalho, disse que “vagabundo, vândalo, não merece respeito” e foi criticado, mas também recebeu apoio

atualizado

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Andre Borges/Agência Brasília
Thiago Jarjour
1 de 1 Thiago Jarjour - Foto: Andre Borges/Agência Brasília

O secretário-adjunto do Trabalho, Thiago Jarjour, comentou, nesta terça-feira (13/12), as manifestações pelas ruas de Brasília após a votação da PEC 55 pelo Senado. Como o protesto se transformou em atos de vandalismo – teve até um ônibus incendiado -, Jarjour, em postagem no Facebook, aprovou a ação da Polícia Militar do Distrito Federal e atacou quem depredou o patrimônio público e privado.

“Absurdo Total! Depois a polícia que é vilã. Vagabundo vândalo pra mim não merece respeito não (sic). Spray de pimenta e gás lacrimogêneo é refresco para essa turma”, disse, na publicação. Como o perfil na rede social é aberto, logo começaram os comentários dos moradores de Brasília. Muitos aprovaram as palavras de Jarjour, inclusive pedindo ainda mais violência na ação policial. Mas teve quem condenasse a atitude do secretário, acusando-o de incitar a violência e de não defender os direitos dos cidadãos.

Thiago tentou responder à maioria das interações. Até a publicação desta reportagem, a postagem já tinha mais de 300 curtidas e cerca de 70 comentários. Logo o secretário editou a postagem, dizendo que não estava fazendo apologia ao uso da força policial nem apoiando a PEC, mas, sim, expressando uma opinião.

Em entrevista ao Metrópoles, Jarjour disse que a publicação foi feita como cidadão e não como integrante do primeiro escalão do governo. “Eu comentei de forma pessoal, porque fiquei indignado. Para mim, isso não é manifestação, vagabundo é vagabundo. E política se faz com posicionamento”, afirmou.

Questionado sobre a ação da PMDF, o secretário disse que não estava lá para ver o trabalho desenvolvido, mas que é função da polícia manter a ordem. “Eu não sei se houve excessos, mas, infelizmente, tem horas que os bons pagam pelos maus”, completou.

Confira os comentários na página do secretário:

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