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Saúde do DF investiga receitas em nome de Lula, Maluf e Eliza Samudio

Pedidos de medicamento analgésico controlado chegaram à farmácia do Hospital Regional de Ceilândia e chamaram a atenção

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Entrada do Hospital Regional de Ceilândia
1 de 1 Entrada do Hospital Regional de Ceilândia - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal abriu sindicância para apurar a emissão de receitas do analgésico dextrocetamina para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), o ex-ministro José Dirceu e até para a falecida Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno, morta em Belo Horizonte. Os pedidos foram entregues à farmácia do Hospital Regional de Ceilândia (HRC).

A substância induz um estado de transe, proporcionando alívio da dor, sedação e perda de memória. Ela é utilizada até mesmo em animais. O medicamento é utilizado no centro cirúrgico para procedimentos anestésicos.

As receitas foram assinadas pelo médico residente Eduardo Vilela B. dos Santos. Ao Metrópoles, a secretaria garantiu que nenhum medicamento chegou a ser entregue e o estoque atual do produto no HRC é de 84 unidades.

“O profissional existe, e seu carimbo não é falso, assim como não eram falsas as receitas. Ele emitiu dez receitas. Seis com a prescrição correta do nome do paciente. Por razões que estão sendo investigadas, irregularmente apontou nomes fictícios em quatro receitas”, explicou a pasta em nota. A reportagem tenta contato com o médico. O Conselho Regional de Medicina (CRM) também vai instaurar uma sindicância para apurar os fatos.

Veja algumas das receitas emitidas:

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Não é a primeira vez que fraudes na emissão de receitas são investigadas na rede pública de saúde do DF. Em dezembro do ano passado, a Polícia Civil e o Ministério Público do DF (MPDFT) deflagraram a Operação TrackCare contra irregularidades em atestados e receituários, além do furto de medicamentos por parte de servidores da Secretaria de Saúde.

As investigações revelaram a existência de um esquema criminoso para falsificar os atestados e as receitas de medicamentos, utilizando carimbos da secretaria.

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