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Racionamento: armazenamento de água aumenta focos de Aedes aegypti

Muitos brasilienses estão armazenando água em tonéis, mas falta de cuidado aumenta a chance de doenças como dengue e zika

atualizado

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Giovanna Bembom/Metrópoles
Brasília (DF), /00/2017 – – Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), /00/2017 – – Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

O acondicionamento inadequado de água no Distrito Federal tem gerado novos focos do mosquito transmissor da dengue, da febre amarela, da chikungunya e da zika. Segundo o Levantamento Rápido de Índice para o Aedes aegypti (LIRAa), divulgado nesta semana, reservatórios como tonéis, tambores e barris são atualmente os principais pontos de criadouro dos insetos.

A porcentagem de registros nesses ambientes passou de 16% para 38%, quando comparados os meses de fevereiro de 2017 com dezembro de 2016. Ou seja, os casos do tipo mais que dobraram no período em que o racionamento de água passou a valer no Distrito Federal.

Desde o início da edição do boletim informativo, em 2012, essa é a primeira vez que se verifica no Distrito Federal a predominância de larvas nesses depósitos, classificados como tipo A2, que incluem também recipientes de barro (moringas, potes), cisternas e caixas d’água. Com isso, a maior parte dos focos de Aedes aegypti estavam em quintais e jardins de residências, muito próximas aos moradores.

O diretor de Vigilância Ambiental em Saúde, Denílson Ferreira de Magalhães, explicou que apesar do LIRAa mostrar Índice de Infestação Predial (IIP) satisfatório no DF (0,9%), o depósito inadequado de água tem gerado preocupação sobre a Fercal, que apresentou Risco de Epidemia com IIP em 6,47%. O relatório também apontou, no Recanto das Emas, uma porção do território com mesma classificação, com taxa de 4,23%.

“Temos 30% das nossas regiões administrativas com positividade de criadouros nesses recipientes que a população tem utilizado para acumular água”, explicou Denílson Ferreira de Magalhães. Ele esclarece que a classificação do Ministério da Saúde é satisfatória para índices menores que 1%, de alerta para taxas entre 1% e menor que 3,9% e de risco de surto para números acima de 3,9%.

Realizada entre os dias 20 a 24 de fevereiro, a pesquisa mostra que outras 13 localidades apresentam IIP de alerta, entre elas Lago Norte (2,03%), Park Way (2,71%), Gama (1,48%) e Itapoã (1,24%). Outras 17 têm IIP satisfatório. É o caso de Ceilândia (0,22%), Jardim Botânico (0,98¨%) e Lago Sul (0,90%).

Apesar da situação de água armazenada inadequadamente em residências, o número de casos prováveis de dengue diminuiu em relação ao ano passado. A redução é de 91,22%. Foram 630 registros de residentes na capital até 27 de março, enquanto no mesmo período de 2016 totalizavam 10.987 notificações.

A situação é semelhante ao se verificar casos prováveis de chikungunya e zika, com redução de 84% e 88%, respectivamente.

Prevenção
A Subsecretaria de Vigilância em Saúde intensificou as inspeções domiciliares nas 31 Regiões Administrativas do DF. O trabalho é realizado por agentes de Vigilância Ambiental em Saúde, com o apoio e participação do Corpo de Bombeiros Militar do DF, desde outubro de 2016.

Além disso, foram realizadas ações de educação em saúde e de manejo ambiental, monitoramento epidemiológica e lançada a Campanha Sexta sem Mosquito, quando todos os prédios públicos localizados no Eixo Monumental foram inspecionados.

A principal forma de se prevenir contra as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti é manter monitoramento constante nas residências, sempre buscando evitar água parada e a proliferação do mosquito.

É necessário manter caixas d’água, tonéis e barris de água tampados, fechar bem os sacos plásticos com lixo, manter garrafas de vidro ou plástico sempre com a boca para baixo e encher os pratinhos ou vasos de planta com areia até a borda. Também é preciso limpar as calhas com frequência, evitando que galhos e folhas impeçam a passagem da água.

Em caso de identificação de focos do mosquito, os moradores podem acionar a Vigilância Ambiental pelo telefone 160 para que as equipes intensifiquem o trabalho no local.

Com informações da Secretaria de Saúde.

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