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Mutirão de reconstrução mamaria beneficiará 60 mulheres no DF

Serão realizadas cirurgias em mulheres com câncer que tiveram de retirar, total ou parcialmente, a mama

atualizado

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Divulgação
câncer de mama
1 de 1 câncer de mama - Foto: Divulgação

Aproximadamente 60 mulheres com câncer que foram submetidas à retirada total ou parcial da mama serão beneficiadas, no Distrito Federal, com o II Mutirão de Reconstrução Mamária. Promovida pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a ação, que começa neste sábado (24/9) com a triagem das pacientes, vai 27 de outubro, com a realização das cirurgias, e tem apoio da Secretaria de Saúde Distrito Federal (SES-DF) e de entidades privadas.

O mutirão é realizado em alusão ao “Outubro Rosa”, período em que são promovidas diversas atividades de conscientização sobre a importância da detecção precoce do câncer de mama. Quem começa o tratamento na fase inicial da doença tem até 80% de chance de cura.

“Hoje, o número de campanhas aumentou muito e o rastreamento precoce ocorre de forma mais efetiva, mas muitas mulheres ainda descobrem o câncer em estágio mais avançado”, conta presidente da SBCP, Marcela Cammarota.

A meta da SBCP é operar 600 mulheres no Brasil inteiro. Todas as pacientes contempladas são atendidas no serviço público de saúde. No Distrito Federal, as cirurgias de reconstituição do seio serão feitas nos hospitais regionais de Taguatinga, Asa Norte, Materno Infantil de Brasília, Sobradinho, Universitário de Brasília e Forças Armadas, além de outros quatro privados.

Marcela Cammarota ressalta que a reconstrução é essencial para a paciente. “A falta da mama afeta a estrutura social e familiar, porque diminui a autoestima, às vezes o casamento termina, elas entram em depressão e têm dificuldade de manter o convívio social e de se relacionar sexualmente”, explicou.

As operações são de grande porte e exigem, para cada equipe montada, o mínimo de dois cirurgiões plásticos e um instrumentador (técnico de enfermagem). A ação também conta com profissionais da área de enfermagem, e alunos da Liga dos estudantes de Medicina. São cerca de 180 profissionais.

Dados
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, em todo o mundo, o câncer de mama é tipo mais comum entre as mulheres. São cerca de 1,7 milhões de mulheres acometidas por ano. A expectativa para o Brasil em 2016 é de 57.960 casos novos, com um risco estimado de 56,2 registros a cada 100 mil mulheres.

Segundo o Departamento de Informática do SUS (Datasus), uma mulher é submetida à cirurgia de remoção dos seios para tratamento de câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o País a cada 40 minutos nos últimos cinco anos. Mais de 50 mil mulheres por ano passam pela mastectomia radical, ou seja, retirada total do seio.

Reconstrução
No Distrito Federal, a reconstrução da mama é realizada por cirurgiões plásticos nos hospitais regionais da Asa Norte, Santa Maria e Sobradinho. No Hospital de Base, a reconstrução é feita por mastologistas. A Secretaria de Saúde também tem outras unidades que fazem a retirada do tumor, ou seja, a mastectomia, feita por mastologistas. São eles: hospitais regionais de Ceilândia, Taguatinga, Materno Infantil e Gama.

O coordenador da Cirurgia Plástica da SES-DF, Fernando Pontes, explicou que a ideia é nomear novos profissionais para atuar nos hospitais Materno Infantil, Taguatinga, Gama e Ceilândia.

Fernando Pontes explica que o processo de reconstrução ocorre de diversas maneiras, que dependem do estágio do tumor.

“Em estágio inicial, retiramos a glândula e preservamos a pele da mama. Com isso, colocamos um expansor na pele e depois uma prótese definitiva. Quando o tumor está mais avançado são usados retalhos da parte inferior do abdômen ou músculos das costas para reconstituir o seio”, explicou.

Prevenção
O câncer resulta da multiplicação de células anormais, que formam um tumor. A doença pode ser detectada nas fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim as chances de tratamento e cura.

Quando a mulher sabe que alguém da família teve câncer de mama, principalmente a mãe e a avó, deve ficar alerta porque tem mais chance de desenvolver a doença. Além de fazer o autoexame das mamas, também é recomendado que as mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia de rastreamento, que pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas. (Com informações da SES-DF)

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