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Justiça bloqueia bens de seis integrantes da máfia das próteses

A decisão da 2ª Vara Criminal atinge dois empresários, a mulher de um deles, dois médicos e um representante comercial. Todos foram presos na quinta-feira (1/9) e continuam na cadeia

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
máfia das próteses
1 de 1 máfia das próteses - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) bloqueou os bens de seis envolvidos na máfia das próteses: dos empresários Micael Bezerra e Johny Wesley Gonçalves Martins, sócios da TM Medical; de Mariza Aparecida Rezende Martins, mulher de Wesley; dos médicos Marco de Agassiz Almeida Vasques e Antônio Márcio Catingueiro Cruz e do representante comercial Edson Luiz Mendonça Cabral.

Eles estão entre as 13 pessoas presas na quinta-feira (1/9) na operação deflagrada pela Polícia Civil do DF contra um esquema que movimentou milhões de reais em cirurgias desnecessárias, equipamentos irregulares e propinas. Todos continuam presos.

Segundo a Polícia Civil, o grupo tentou até matar uma paciente que ameaçava denunciar a quadrilha, deixando um arame de 50cm na jugular dela. Além disso, há casos de cirurgias sabotadas para que o paciente fique sendo operado e, assim, gere lucro para o esquema, utilização de produtos vencidos e troca de próteses mais caras por outras baratas. Estima-se que cerca de 60 pacientes foram lesados em 2016 no esquema.

Quanto mais materiais caros eram usados em cirurgias para colocação de órteses e próteses, maior era a propina recebida pelos médicos, que chegam a ganhar 30% extras sobre o valor pago pelos planos de saúde pela intervenção nos pacientes.

 

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