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Falta de pessoal ameaça partos em Hospital Regional de Ceilândia

Funcionários denunciam que mulheres estão dando à luz no chão e em cadeiras de roda. Secretaria de Saúde reconhece problema na unidade e afirma que busca soluções

atualizado

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Fabio Pozzebom/Agência Brasil
hospital regional de ceilândia
1 de 1 hospital regional de ceilândia - Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil

O centro obstétrico do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) corre o risco de ter as atividades paralisadas. Funcionários do local têm reclamado das condições “insustentáveis” de trabalho, apontando principalmente a falta de pessoal e a superlotação de pacientes. De acordo com o Conselho Regional de Enfermagem do DF (Coren-DF), o déficit na unidade é de mais de 150 enfermeiros e 215 técnicos de enfermagem. Os servidores denunciam até casos de partos realizados no chão ou em cadeira de rodas.

Os trabalhadores relatam, ainda, o não cumprimento da Lei 11.108/05 – que garante a presença de um acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato às grávidas –, falta de privacidade, pacientes com recém-nascidos em macas, recuperação pós-anestésica em maca cirúrgica e falta de materiais como lençóis e camisolas. Eles também estão preocupados com a segurança do local, que recebe um fluxo muito grande de pessoas.

Segundo a Secretaria de Saúde, o centro obstétrico do HRC realiza cerca de 600 partos por mês. A pasta admitiu, em nota, que a estrutura e o número de funcionários não são suficientes para atender a todos. “As instalações e o quantitativo de recursos humanos estão aquém da necessidade da demanda, cada vez maior, correspondente ao crescimento populacional da região”, informou.

Paralisação
Na última quinta-feira (9/6), o Coren-DF se reuniu com os servidores da unidade de saúde para definir providências com relação à situação do setor. Na ocasião, o vice-presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (Sindate-DF), Jorge Vianna, propôs notificar o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, para que compareça, em até 15 dias, a uma reunião com os servidores do centro obstétrico.

Se não houver resposta por parte da secretaria, a categoria ameaça paralisar as atividades da unidade e manter apenas os serviços relativos à emergência.

A Secretaria de Saúde ressaltou que tem realizado reuniões sucessivas desde fevereiro de 2016, principalmente nos últimos 15 dias, para tentar solucionar o problema. “A Superintendência da Região de Saúde Oeste destaca que a busca por soluções é incessante e o fechamento da unidade não é solução para a população”, completou a pasta.

No início do mês, a Secretaria de Saúde fechou, por falta de neonatologistas, a unidade de obstetrícia do Hospital Regional de Samambaia. As pacientes estão sendo atendidas em Taguatinga.

 

 

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