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Enfermeira do Samu faz desabafo sobre redução de equipes nas ambulâncias

Comentário foi feito logo após o secretário de Saúde chamar uma das equipes para socorrer uma vítima de acidente de trânsito

atualizado

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SAMU/Divulgação
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1 de 1 samuviatura-840×577 - Foto: SAMU/Divulgação

Uma técnica em enfermagem lotada no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) fez um desabafo nesta sexta-feira (24/3) sobre a decisão do secretário de Saúde, Humberto Fonseca, em reduzir o número de integrantes de cada ambulância que atende às emergências no Distrito Federal. O descontentamento foi registrado por meio do aplicativo WhatsApp, logo após um acidente de trânsito com vítimas ter sido atendido pelo próprio chefe da pasta.

A servidora conta no áudio que o secretário presenciou o atendimento feito por uma equipe formada por dois socorristas, além do motorista da ambulância. Segundo ela, o trabalho foi complexo em razão do biotipo da vítima. Tratava-se de um paciente de 31 anos, com cerca de 120kg, que queixava-se de dores lombares.

Espero que ele (Humberto Fonseca) tenha consciência da economia que acredita estar fazendo ao reduzir um integrante das equipes do Samu. Supondo que estivessem só eu e o motorista, o paciente não seria resgatado com a técnica necessária. Isso poderia lesionar o paciente ou até um dos socorristas

Desabafo de técnica em enfermagem do Samu

O Metrópoles apurou que a secretaria se baseou na Portaria nº 1.010, de 21 de maio de 2012, do Ministério da Saúde, para reduzir o total de servidores que compõem as equipes do Samu. O texto diz que as unidades de suporte básico de vida devem ser compostas por, no mínimo, dois tripulantes, sendo um condutor e um técnico/auxiliar de enfermagem.

 

 

De acordo com um servidor do Samu – que preferiu não se identificar – ouvido pela reportagem, o modelo com dois tripulantes está em fase de implantação no DF.

“A partir de 1º de abril, só teremos esse modelo, com a equipe reduzida. O grande problema é que o trabalho de excelência que fazemos pode ser prejudicado. Não temos como aplicar todas as técnicas de socorro e remoção com apenas um técnico e um motorista dentro da ambulância”, reclamou.

Por baixo
A presidente do Sindsaúde, Marli Rodrigues, saiu em defesa dos servidores e afirmou que o trabalho do Samu não pode ser prejudicado em razão de uma suposta economia.

“É evidente que o modelo de tripulantes, adotado a anos no DF, garante um atendimento mais rápido e de maior qualidade, mas parece que a atual gestão da Secretaria de Saúde gosta de nivelar por baixo”, disparou.

A Secretaria de Saúde foi procurada para se posicionar sobre a medida que pretende reduzir a tripulação que atende às ocorrências no DF. No entanto, a pasta não havia se manifestado até a última atualização desta matéria.

O Samu possui 38 ambulâncias em atividade no Distrito Federal, sendo 30 no modelo Unidade de Suporte Básico (USB), tripulada por um condutor de emergência e dois técnicos em enfermagem, e oito do tipo Unidade de Suporte Avançado (USA), com um médico, um enfermeiro e o condutor de emergência.

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