Eleito para Conselho de Administração vê saúde pública “ingerenciável”
Norton Sanches acredita que a maior parte dos problemas na saúde pública do DF são consequência da falta de gestão
atualizado
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A situação difícil na qual se encontra a saúde pública do Distrito Federal não é novidade. Faltam remédios, leitos e atendimento a pacientes em situações graves na maior parte dos hospitais públicos da capital federal. Para o administrador Norton Sanches, que assessor na Secretaria de Saúde (SES), a situação é “ingerenciável”.
“A saúde tem um histórico de desconstrução. Agora, chegamos a um nível de desmantelamento no qual não se tem muitas opções. É preciso ter um choque de gestão, uma reconstrução que envolva todo o sistema de saúde pública”, afirma o assessor, que integra a chapa eleita para assumir a gestão do Conselho Regional de Administração do DF (CRA-DF) a partir do ano que vem.
Para Sanches, o problema que levou ao caos da saúde pública tem um nome bem definido e também se aplica a outros âmbitos em crise dos governos local e nacional: falta de gestão apropriada. Para o administrador, o número de gestores capacitados no setor público é muito baixo, o que prejudica a elaboração de planejamentos e o respectivo acompanhamento.“Nossa profissão tem sido usurpada. As pessoas imaginam que administração é baseada só na experiência e não em estudo e teoria. E esse é o grande gargalo do governo, a falta de capacitação. Brasília, por exemplo, vive uma crise gerencial. Não são aplicadas técnicas de gestão, apenas soluções momentâneas”, afirma.
Com o objetivo de mudar esse panorama, Sanches afirma que, na nova gestão, o CRA-DF vai passar a agir com mais força para conseguir a valorização dos profissionais da área. Entre as medidas a serem adotadas, estão o aumento na fiscalização, principalmente em órgão públicos; a realização de reuniões técnicas com tendências da profissão, além de medidas que aproximem os administradores do Conselho.
A próxima gestão do CRA-DF toma posse em janeiro de 2017. Os titulares da chapa são os administradores Norton Sanches, Marlon Moisés, Geraldo Torrecillas e Edmilson Costa Filho. A definição de cargos específicos ainda será feita.
