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Preso na operação Lote Fácil trabalha com o senador Hélio José

Willian Fernandes é suspeito de participar do esquema que cobrava até R$ 15 mil para furar a fila dos programas habitacionais do GDF e do governo federal

atualizado

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1 de 1 - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O servidor comissionado Willian Fernandes, lotado no gabinete do senador Hélio José (PMDB-DF), foi preso na manhã desta quinta-feira (23/6). Ele é um dos suspeitos de pertencer a uma das quatro associações que cobravam de R$ 2 mil a R$ 15 mil para furar a fila da lista da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab). Quem aceitava pagar a quantia, tinha direito a casas e apartamentos financiados por meio de programas habitacionais como o Morar Bem, vinculado ao Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. As investigações fazem parte da operação Lote Fácil, deflagrada pela Polícia Civil.

O senador, por meio de sua assessoria de imprensa, informou estar surpreso com a prisão. Disse que o funcionário será exonerado imediatamente e que não compactua com o ato ilícito. A reportagem apurou que Willian trabalhava há pouco mais de um ano no gabinete e recebia cerca de R$ 2 mil por mês.

Além de Willian, outras 14 pessoas haviam sido presas pela Polícia Civil, até as 11h, na operação Lote Fácil. De acordo com as investigações, o grupo também fornecia documentos falsos para facilitar a aquisição das moradias. Eles vão responder por lavagem de dinheiro, organização criminosa e estelionato, entre outros crimes.

A polícia também investiga a participação de bancos na organização criminosa. Será apurado se as instituições sabiam do esquema e concediam empréstimos a famílias de forma irregular e com uso de documento falso.

Operação
Desde a madrugada, 250 policiais percorreram nove regiões administrativas do DF para cumprir 19 mandados de prisão temporária, de condução coercitiva (quando o suspeito é obrigado a prestar depoimento) e 25 de busca e apreensão. A operação tem apoio da Divisão de Operações Especiais (DOE) da Polícia Civil.

De acordo com a legislação vigente, as entidades sociais têm direito a 40% das habitações. Elas escolhem as famílias e organizam a lista que é administrada pela Codhab. Os primeiros nomes, consequentemente, são contemplados antes.

A investigação da delegacia especializada durou um ano. Há indícios de que o esquema ilegal funcione há mais tempo. As buscas policiais são realizadas em Sobradinho, no Plano Piloto, Guará, Recanto das Emas, Santa Maria, Riacho Fundo, Taguatinga e Ceilândia. Ainda não é possível estimar o valor arrecadado pela quadrilha.

Por meio de nota, a Codhab informou que “está à disposição da Polícia Civil para cooperar no que for possível para a investigação”. E ressalta que, “se constatado envolvimento de algum servidor, este será imediatamente afastado”.

No documento, a companhia disse ainda que “finalizou, em maio deste ano, o recadastramento eletrônico de cooperativas e associações, uma medida necessária para coibir irregularidades nos programas habitacionais. O registro é pré-requisito para conseguir o certificado que garante participação em programas habitacionais dos governos federal e de Brasília”.

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