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Placar na Mesa Diretora é desfavorável para Sandra Faraj

Tendência é que, dos quatro votos, três sejam para que a Corregedoria dê andamento no processo contra a distrital

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Mesa Diretora
1 de 1 Mesa Diretora - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A deputada distrital Sandra Faraj (SD) ganhou uma sobrevida política de 48 horas nesta segunda-feira (20/3). A Mesa Diretora da Câmara Legislativa adiou para quarta (22) sua decisão sobre o pedido de cassação da parlamentar, apresentado pela ONG Adote um Distrital. Ainda assim, Sandra não deve ter tempo suficiente para impedir que a investigação chegue à Corregedoria da Casa. Até o momento, a tendência é de que, dos quatro distritais que fazem parte do comando da Casa, três votem pela continuidade do processo contra Faraj.

Sandra é primeira-secretária da Mesa, mas não vai participar das discussões sobre seu caso. Ela é acusada de ter recebido notas fiscais da empresa Netpub, pedido o ressarcimento à Câmara Legislativa por meio de verba indenizatória e não ter pago pelo serviço. O caso foi denunciado pelo sócio da empresa, Filipe Nogueira. De acordo com ele, a parlamentar teria embolsado R$ 150 mil, em um período de um ano.

O primeiro a se pronunciar oficialmente sobre as denúncias contra Sandra foi Robério Negreiros (PSDB), segundo-secretário da Mesa. Antes da reunião do comando da Câmara nesta segunda, ele protocolou seu posicionamento favorável às investigações. “É necessário que a Casa tenha mais transparência. Então, para sanar qualquer dúvida, é melhor que o caso seja investigado e que se acabe com todas as ilações”, disse o tucano.

O presidente da Casa, Joe Valle (PDT), e o vice, Wellington Luiz (PMDB), devem acompanhar o posicionamento de Negreiros. Mas eles não adiantam o voto. “Essa é a posição dele (Negreiros). Nós precisamos tomar uma decisão colegiada. E ela será tomada na quarta (22)”, garantiu Joe.

O único que deve votar contra a abertura de processo é Raimundo Ribeiro (PPS), terceiro-secretário da Mesa. Por dois motivos: primeiro, pela proximidade que tem com a distrital. Segundo, porque também está na berlinda e pode virar réu no processo que investiga suposto esquema de corrupção envolvendo emendas da saúde na Câmara Legislativa.

“Eu tinha me preparado para votar. Mas, como o advogado da deputada fez o pedido para apresentar novos argumentos, deixei meu voto favorável para dar mais prazo à defesa. Agora, a decisão da Mesa é colegiada, por isso não vou me pronunciar antes, até por ter mais experiência de vida e respeitar as formalidades”, declarou Ribeiro, que nega existir pressão dos investigados da Drácon no processo de Sandra Faraj.

Não tem escapatória
Nos bastidores, a abertura de processo contra Sandra é dada como certa, “Ela ganhou mais um tempo, mas, com o que tem aí, não haverá escapatória. A decisão já está praticamente tomada. No entanto, não podemos tirar dela o direito de se defender”, explicou um colega.

Durante a reunião do comando nesta segunda, a concessão de mais prazo para a distrital foi consenso. Os integrantes da Mesa querem evitar o clima de perseguição e dar todos os prazos pedidos pela deputada.

O temor era de que, com o fato novo apresentado pelos advogados da distrital – a falta de registro na Receita da nota fiscal emitida pela Netpub, em fevereiro de 2016 –, eles acabassem apresentando recurso na Justiça, sob o argumento de que a Mesa não garantiu a ampla defesa da parlamentar.

Drácon
Ainda nos bastidores, há uma certa pressão para que Sandra Faraj saia impune das acusações, o que abriria precedente para os cinco investigados na Drácon. São eles: a deputada Celina Leão (PPS) e os colegas Cristiano Araújo (PSD), Julio Cesar (PRB), Bispo Renato Andrade (PR) e Raimundo Ribeiro (PPS).

Por outro lado, entre os distritais, há também quem acredite que o arquivamento do processo contra Sandra tiraria a força para a possível continuidade da ação contra os investigados pela Drácon. Isso, caso o Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) decida, nesta terça-feira (21), acatar a denúncia do Ministério Público contra os cinco deputados já denunciados pelo Ministério Público.

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