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PF faz operação contra fraude em combustíveis e pedras preciosas no DF

Prejuízo apurado totaliza R$ 3 bilhões em impostos sonegados e multas não pagas. Ação ocorre também em outros três estados

atualizado

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polícia federal
1 de 1 polícia federal - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (15/8) a operação Rosa dos Ventos para apurar crimes contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro, falsificação de títulos públicos e negociações envolvendo pedras preciosas. O prejuízo apurado totaliza R$ 3 bilhões em impostos sonegados e multas não pagas.

Policiais Federais cumprem 36 mandados de busca e apreensão e 24 mandados de prisão temporária, expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas, nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal.

Segundo a Polícia Federal, o inquérito policial foi instaurado em março de 2013, após fiscalização da Receita Federal do Brasil constatar sonegação fiscal em uma distribuidora de combustíveis de Paulínia (SP).

Ao longo da investigação, a PF apurou que as distribuidoras de combustível eram registradas em nome de sócios-laranja e que não recolhiam os tributos que incidem sobre a atividade. Com margens de lucro maiores e preços menores, empresas legítimas concorrentes foram obrigadas a fechar devido à concorrência desleal.

Confira os dados levantados pela PF:

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Ao mesmo tempo, a PF garante que há provas de que os investigados falsificavam títulos da dívida pública da União. Os papeis eram usados para aumentar o capital social das empresas e obter financiamentos. Apenas um dos títulos falsificados representaria uma dívida de R$ 32 bilhões para resgate em maio de 2003.

A investigação aponta que foram criadas dezenas de empresas, todas colocadas em nome de laranjas para ocultar os verdadeiros proprietários, cujo patrimônio pessoal era protegido por meio de empresas off-shore localizadas em paraísos fiscais e por meio de empresas de participação abertas em nome de seus filhos.

Também foram produzidas provas de evasão de divisas, fraudes envolvendo pedras preciosas e fraudes à execução processual para frustrar direito de terceiros, sobretudo o fisco. Um lote de pedras preciosas que os membros da organização criminosa dizem lhes pertencer estava sendo negociado por US$ 650 milhões.

Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, crimes de mineração, evasão de divisas, crimes de mineração e falsificação de papéis públicos, com penas de seis meses a dez anos de prisão e multa.

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