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Esquema investigado pela PCDF pode ter fraudado mais de 600 CNHs

Dez pessoal foram presas por associação criminosa, corrupção passiva e falsificação de documento público

atualizado

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Detran/Divulgação
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1 de 1 CNHDETRAN2-850×558 - Foto: Detran/Divulgação

A Polícia Civil do DF faz uma operação nesta quinta-feira (14/9) contra a venda de carteiras de motorista. A investigação tem como alvo clínicas credenciadas e é conduzida por equipes da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor e Fraudes (Corf) em Minas Gerais, Goiás e Pará.

Segundo a polícia, as CNHs eram concedidas sem a necessidade de os candidatos fazerem provas ou exames. Dez pessoas foram presas por associação criminosa, corrupção passiva e falsificação de documento público.

A polícia estima que 600 carteiras podem ter sido expedidas de forma fraudulenta entre 2011 e 2017. Os investigadores levantaram que as habilitações custavam de R$ 500 a R$ 3 mil, dependendo dos exames que tinham que ser fraudados.

Os clientes do grupo criminoso também responderão por falsificação de documento. Se forem pegos em blitz, pelo uso do documento falso, terão mesma pena dos fraudadores. Eles eram aliciados dentro de clínicas e autoescolas.

De acordo com o delegado Wisllei Salomão, da Corf, as clínicas encaminhavam prontuários para o Pará, onde eram expedidas as carteiras. As fraudes foram descobertas pelo Departamento de Trânsito do DF (Detran), que desconfiou dos documentos e acionou a polícia no ano passado, quando começaram as investigações.

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O diretor-geral do Detran-DF, Silvain Fonseca, explicou que as CNHs começaram a chamar a atenção após serem apreendidas em fiscalizações. “Com esta ação da Polícia Civil, aliada à implementação do sistema de biometria, acreditamos que os registros desse tipo de crime apresentarão uma grande queda”, completou.

O delegado informou que não há servidores do Detran-DF na mira dos policiais. Porém, existem suspeitas de envolvimento de funcionários dos órgãos do Pará e de Goiás. Os donos das autoescolas responderão por corrupção passiva. A operação foi batizada de Habilis.

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