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Pai da estudante Louise desabafa: “Ele não soube aceitar um não como resposta”

Emoção e revolta marcam o velório da jovem morta na UnB por um colega que insistia em namorá-la. Despedida reúne parentes e amigos no cemitério Campo da Esperança, na tarde deste sábado (12/3)

atualizado

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Fotos; Daniel Ferreira/Metrópoles
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1 de 1 pai - Foto: Fotos; Daniel Ferreira/Metrópoles

Amigos e familiares da jovem Louise Ribeiro, assassinada pelo colega do curso de biologia na Universidade de Brasília (UnB) Vinícius Neres, começam a se reunir no cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, neste sábado (12/3), para acompanhar o velório da universitária.

Visivelmente emocionado, com lágrimas nos olhos, o pai de Louise, o tenente do Exército Ronald Ribeiro, falou sobre a morte da filha: “Agradeço aqui o apoio dado pelo Exército e pelas forças de segurança que tão rapidamente esclareceram o caso. Louise era uma menina boa, que não saía de casa sem mandar mensagem para a mãe e, por isso, desconfiamos logo que ela desapareceu. Infelizmente, ela acabou cruzando com essa pessoa… ele não soube aceitar um não como resposta”. Vinícius teria matado Louise porque ela o rejeitou.

O militar lembrou as qualidades da filha: “Ela era uma garota excepcional. Alegre, com muitos amigos, apaixonada pelo que fazia. Amava tartarugas e pretendia se especializar em biologia marinha”.

Ainda em choque, o pai de Louise também comentou sobre a segurança na UnB. “O caso deve servir de exemplo para a universidade. É preciso ter liberdade, mas sabendo respeitar limites. Esperamos também que a Justiça cobre explicações. Que ele explique porque fez isso”.

Daniel Ferreira/Metrópoles
Amigos e familiares chegam com flores brancas

 

O enterro está marcado para as 17h. Emocionadas e indignadas com a crueldade do crime, as pessoas chegam com flores brancas na despedida da estudante, que era considerada doce, meiga e estudiosa.

Os pais da jovem e as irmãs chegaram no cemitério por volta das 13h. A família veio em uma van do Exército.

Assassino frio e cruel
Segundo o depoimento de Vinícius, ele se encontrou com a vítima em um laboratório da UnB na quinta (10) e disse que se mataria, mas Louise deu um abraço no rapaz para confortá-lo. Naquele momento, ele teve um ataque de fúria. Com o braço esquerdo, imobilizou a garota. Com o direito, abriu o vidro de clorofórmio, embebedou um pano e a fez desmaiar. Em seguida, jogou 200ml do produto na boca dela antes de a amarrar sentada em uma cadeira.

Em seguida, pegou o carro dela e foi dar uma volta. Doze minutos depois, segundo o próprio relato, voltou para o laboratório. Louise já estava morta. Logo depois, Vinícius prendeu os braços e as pernas de Louise, colocou o corpo dela em um carrinho e seguiu até o carro da jovem. O corpo foi colocado no assoalho do banco traseiro do veículo.

O universitário dirigiu até um matagal,  em uma área de cerrado entre o Minas Tênis Clube e o Crespom, próximo à UnB, onde deixou a vítima. Ele ainda jogou álcool sobre o corpo e ateou fogo. A família chegou a registrar uma ocorrência de desaparecimento de Louise. Horas depois, entretanto, ficaram sabendo que a jovem foi assassinada.

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