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GDF fecha contrato com empresa que captará água do Lago Paranoá

A Enfil, que foi citada na Operação Lava Jato, tem tem oito meses de prazo para finalizar a obra

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Daniel Ferreira/Metrópoles
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1 de 1 Daniel Ferreira/Metrópoles - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Citada na Operação Lava Jato, a empresa Enfil S.A. Controle Ambiental assinou contrato com o GDF e o governo federal nesta quarta-feira (26/4). A companhia será responsável pela captação emergencial de água do Lago Paranoá.

A empresa ganhou o pregão da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) ao custo de R$ 42 milhões, 15% a menos do valor que estava previsto. Apesar de ter ficado em segundo lugar na concorrência, a Enfil saiu vencedora porque a primeira colocada, de acordo com a Caesb, era de pequeno porte e não teria condições de fazer a obra no prazo estipulado.

Quando finalizado, o chamado Subsistema Produtor do Lago Norte vai reforçar o abastecimento em 700 litros por segundo. Antes de qualquer intervenção visível no Lago Paranoá, a empresa já trabalha em serviços externos de montagem e compra, como a importação de membranas para tratar a água.

Segundo o certame, o prazo para entrega da obra é de oito meses, mas a expectativa é de que a obra esteja concluída em setembro.

Captação de água do Lago Paranoá
A água será captada no braço do Torto, no Lago Paranoá. A estrutura vai ficar na ML 4, no Setor de Mansões do Lago Norte. Trata-se de uma estação de tratamento de água compacta, com membranas de ultrafiltração, uma das mais modernas tecnologias para tratar água.

Depois de tratada, a água vai para dois reservatórios: um no Lago Norte e um no Paranoá. Os locais abastecidos serão Asa Norte, Itapoã, Lago Norte, Paranoá, parte de Sobradinho II e Taquari. Atualmente, o fornecimento para essas regiões é feito pelo Sistema Santa Maria-Torto.

Com isso, a água do Sistema Produtor Santa Maria-Torto que ia para o Lago Norte e Paranoá seguirá para o reservatório do Cruzeiro, de onde será levada para cidades que, atualmente, são abastecidas pelo Sistema Produtor do Descoberto.

Inicialmente havia a possibilidade da água ser distribuída também por meio do reservatório do Parque da Cidade. Agora, porém, a Caesb estuda que será mais viável utilizar apenas o do Cruzeiro.

O bombeamento desse ponto vai atender Águas Claras (zona média e zona baixa), Candangolândia, Colônia Agrícola Águas Claras, Guará I, Guará II, Lucio Costa, Núcleo Bandeirante e Quadras 1 a 5 do Setor de Mansões Park Way.

Além do governador Rodrigo Rollemberg (PSDB), assinaram o documento o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho; o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Maurício Luduvice; e o representante da Enfil S.A. Controle Ambiental, vencedora da licitação, Paulo Modesto.

Lava Jato
Conforme o Metrópoles mostrou na segunda-feira (24/4), parte do faturamento da Enfil vem de contratos com a Petrobras. Um deles, referente às obras da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Suape, litoral pernambucano, foi citado no âmbito das investigações da Lava Jato.

Relatório de uma comissão interna criada pela estatal para apurar irregularidades no empreendimento apontou que o consórcio do qual a Enfil participava foi contratado sem a emissão de parecer jurídico — fato ignorado por Pedro José Barusco, então gerente de Serviços da Petrobras, condenado por corrupção pelo juiz Sérgio Moro.

Outra menção à empresa foi feita pelo consultor do Grupo Setal e representante da Camargo Corrêa, Julio Gerin de Almeida Camargo, durante depoimento à Polícia Federal sobre irregularidades na obra do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Ele disse, em depoimento, que recordava da empresa, mas não tinha certeza de qual seria a participação dela no empreendimento.

Ao Metrópoles, a Enfil reconheceu ter sido citada na investigação. “De fato, houve essa acusação, mas nas declarações do diretor da Petrobras, ele destacou que esse foi um dos contratos em que não houve sobrepreço”, explicou a empresa, por meio de nota. Já a Caesb informou que “cabe aos órgãos de controle fiscalizar qualquer irregularidade”.

Com informações da Agência Brasília

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