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DF tem mais de 700 ataques de animais peçonhentos em um ano

Mesmo em locais urbanizados, serpentes, aranhas, escorpiões e abelhas causaram transtornos aos brasilienses. Saiba como agir caso se depare com uma fera dessas

atualizado

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Foto: Rafaela Felicciano/ Metrópoles
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1 de 1 cobra 2 - Foto: Foto: Rafaela Felicciano/ Metrópoles

A selva de pedra brasiliense ainda é reduto de animais peçonhentos. Não, não estamos falando dos venenosos políticos que habitam o Planalto Central, mas de serpentes, aranhas, escorpiões e abelhas que têm surpreendido moradores do Distrito Federal.

Segundo levantamento feito pela Secretaria de Saúde, foram mais de 700 acidentes com animais peçonhentos no DF em 2015. No total, foram 103 ataques de cobras, 66 de aranhas, 518 de escorpiões, 16 de lagartas e 71 de abelhas.

Para o diretor de répteis do Zoológico de Brasília, Alberto Gomes de Brito, o avanço das cidades pode contribuir para o grande número de casos. “O mais comum é que os ataques aconteçam em áreas rurais, mas o crescimento de condomínios em regiões mais afastadas pode levar a mais ataques. Afinal, estamos invadindo o habitat dos animais e eles acabam buscando alimento nas residências”, explica o especialista.

De fato, a quantidade de acidentes desse tipo é maior em cidades com regiões rurais, como Planaltina, Ceilândia e Samambaia.

Cuidados com o perigo
O especialista em répteis Alberto Gomes de Brito afirma que, no caso das serpentes, a maioria de  acidentes se dá por pessoas desatentas que acabam pisando no animal. Mas ele alega que o instinto comum não é o ataque. “Esses bichos têm mecanismos para avisar do perigo. A cascavel tem o chocalho, a jararaca costuma bater o rabo no chão e a coral tem cores chamativas. Somente em casos de invasão do espaço que elas atacam”.

Outro perigo são os aracnídeos, que incluem aranhas e escorpiões. Diferentemente dos répteis, esses animais estão bem mais adaptados à cidade, como explica o diretor de artrópodes do Zoológico, Vinícius Pereira. “Esses bichos costumam viver em locais escuros, úmidos e com grande quantidade de insetos dos quais se alimentas, como moscas e baratas. Assim, lugares com essas condições, como bueiros, guarda-roupas, construções e arredores de restaurantes são bastante atrativos”. Por esse motivo, o número de ataques em regiões urbanas são cada vez mais frequentes.

Para evitar possíveis acidentes, Pereira sugere que, antes de vestir uma roupa ou sapato, a pessoa verifique se não há nenhum bicho. Manter a casa bem limpa com o lixo distante também ajuda a espantar ameaças. E, atualmente, já existem inseticidas voltados para aracnídeos. “Os tradicionais podem não funcionar”, alerta o especialista

Mesmo com cuidados, ataques podem acontecer. Nesses casos é preciso ter cuidado. Segundo a Secretaria de Saúde, 20% dos acidentes com animais peçonhentos são considerados graves e algumas picadas podem levar até a morte.

Brito dá dicas básicas para agir nessa situação: “Mesmo com o susto, o ideal é ficar calmo. Caso a pessoa fique nervosa ou agitada, a circulação de sangue é mais intensa e o veneno espalha mais rápido. As mordidas costumam acontecer em braços e pernas. Assim, a pessoa pode também levantar o membro picado. Aí é ir para um hospital de referência. Em Brasília, o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) é o mais indicado”.

Veja outras dicas dadas pela Secretaria de Saúde em casos de picadas de animais peçonhentos:

  • – A primeira medida é procurar o hospital ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima;
  • – Lavar o local;
  • – Não usar torniquetes;
  • – Não aplicar “remédios caseiros”, como borra de café ou alcool;
  • – Não tentar “chupar” o veneno do ferimento;
  • – Se possível, capturar o animal para que seja feita a identificação, o que facilitará o socorro.
  • Outras orientações podem ser obtidas no Centro de Informações Toxicológicas (CIT), que atende pelo 0800 644 6774.

 

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