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Caesb prevê racionamento em novembro se reservatórios não subirem

Companhia espera que taxa extra ajude a reduzir o consumo e evite cortes no abastecimento. Primeiras cobranças da multa virão nas faturas de dezembro

atualizado

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Gabriel Jabur/Agência Brasília
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1 de 1 racionamento, tarifa extra, adasa, água - Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

Quem receber a conta de água a partir desta terça (25/10) será advertido pela Companhia de Saneamento do Distrito Federal (Caesb): se ultrapassar o consumo de 10 mil litros por mês, vai pagar multa. Em novembro, as medições já levarão em consideração a nova regra, e o valor extra será cobrado nas faturas que chegarem aos imóveis em dezembro.

A Caesb espera reduzir o consumo da população. Mas não descarta medidas mais drásticas. Existe a possibilidade de que o volume dos reservatórios continue a baixar. Caso alcancem 20% da capacidade, haverá racionamento.

“Se as condições seguirem sem mudanças, é possível que entre meados de novembro e dezembro cheguemos a esse ponto crítico”, informou o presidente da companhia, Mauricio Luduvice, em coletiva na tarde desta segunda-feira (24). Nesse caso, é provável que as localidades atendidas pelos principais reservatórios contem com interrupções de abastecimento de 24 horas a cada 72 horas de fluxo normal. “Mas esperamos que, com a redução no consumo e as chuvas, não precisemos de tais ações”, completou Luduvice.

Por ora, quem ultrapassar os limites de consumo será sobretaxado. As residências comuns, os comércios e as propriedades industriais vão pagar 20% a mais, enquanto casas populares terão aumento de 10%. Os percentuais foram definidos pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), acionado pelo Ministério Público, que considerou abusivo o índice anterior, de até 40%.

O presidente da Caesb detalhou como será feita a cobrança da chamada tarifa de contingência. “A taxa está prevista em lei e tem como objetivo incentivar a redução de consumo, além de custear operações emergenciais, como contratação de caminhões-pipas em casos extremos”, informou.

A medição com o acréscimo só será feita em novembro, e as cobranças com a taxa, em dezembro. A ideia é dar a chance de a população adequar o consumo nesses 30 dias após o alerta na conta

Mauricio Luduvice, presidente da Caesb

Em um primeiro momento, todos os brasilienses receberão um aviso explicativo na conta de água. O reajuste é decorrente do baixo nível de um dos principais reservatórios do DF, o Descoberto, que atingiu hoje o ponto crítico de 24,9% de seu volume útil.

Segundo o presidente da Caesb, atualmente, o sistema tem, aproximadamente, 640 mil ligações de água, sendo que cerca de 60% consomem mais de 10 mil litros por mês e serão taxadas. “Se levarmos em consideração o consumo do último mês, teremos um acréscimo de aproximadamente R$ 8 milhões na arrecadação”, prevê Luduvice.

A medida será válida até que o volume do reservatório fique acima dos 25% de seu volume útil, segundo informou a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa).

Confira como vai ficar sua conta:

Como é atualmente: 

Reprodução

Como vai ficar: 

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Fundo de reserva
O valor da taxa de contingência será depositado em uma conta separada e auditada pela Adasa. A quantia só poderá ser usada em tarefas específicas, como campanhas educativas, reparo em equipamentos danificados, contratação de caminhões-pipa, escavações de poços ou outras obras de captação.

Não há prazo exato para que a tarifa de contingência deixe de ser cobrada. “Ela só será suspensa quando a Adasa considerar seguro. O esperado é que isso ocorra quando os principais reservatórios (Descoberto e Santa Maria) estiverem com cerca de 60% de sua capacidade”, disse o presidente da Caesb.

 

Obras
Para evitar que os problemas atuais se repitam, novas fontes de abastecimento devem ser inauguradas nos próximos anos. A principal obra é o reservatório de Corumbá, previsto para funcionar a partir de 2018. Ele fornecerá cerca de 5,5 mil litros de água por segundo para cidades do DF e de Goiás. Hoje, a vazão total do Distrito Federal é de, em média, 9 mil litros por segundo, somando todos os reservatórios. Outra fonte é a do Bananal, que deve começar a fornecer água no fim de 2017.

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