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Protesto em frente ao Planalto acaba em confronto com PM no DF

Manifestação começou na Rodoviária do Plano Piloto após o pronunciamento de Temer, dizendo que não renuncia

atualizado

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Helio Montferre/Especial para o Metrópoles
protesto brasilia fora temer lava jato
1 de 1 protesto brasilia fora temer lava jato - Foto: Helio Montferre/Especial para o Metrópoles

Depois do rápido pronunciamento do presidente Michel Temer (PMDB), um grupo de manifestantes iniciou um protesto na Rodoviária do Plano Piloto, por onde passam diariamente 600 mil pessoas. O trânsito na Via S1 foi interditado por volta das 18h30 desta quinta-feira (18/5) na altura do terminal, após o grupo descer em direção ao Congresso Nacional.

Segundo cálculos da Polícia Militar, 300 pessoas ocuparam, no fim da tarde, a plataforma inferior da rodoviária, localizada no começo da Esplanada dos Ministérios. Às 18h50, o número era de quase 1,5 mil manifestantes, ainda de acordo com a corporação. O grupo desceu a S1 e se posicionou em frente ao Palácio do Planalto.

Os índios também se juntaram aos manifestantes na Rodoviária, gritavam “Fora, Temer”, “Diretas já”, e caminhavam em círculo. Eles fazem parte das tribos Kaingang, Guarani e Xokleng, respectivamente, do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Vieram acompanhar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Funai e aproveitaram para fazer parte dos protestos. Além da saída de Temer, eles pediam a demarcação de terras indígenas.

Uma das manifestantes que participava do coro “Fora, Temer” é a servidora pública Gisele Rebelo, 53 anos. “Fiquei chocada com os políticos falando até em matar pessoas. Esses absurdos vêm acontecendo há muito tempo, mas ontem (quarta) foi a gota d’água”, disse.

O protesto em frente ao Planalto começou por volta das 17h. Representantes de centrais sindicais que estavam na Praça dos Três Poderes também entoavam “Fora, Temer” e frases de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os carros passavam pelo local buzinando, enquanto os manifestantes batiam nas grades que cercam a praça. Bombeiros e policiais militares faziam a segurança do local.

Tensão e garrafas arremessadas
Às 20h20, no entanto, o clima ficou tenso. Um grupo de manifestantes se aproximou da barreira da PM e entoou gritos “Ei, soldado, você está do lado errado”. Algumas garrafas e latas foram arremessadas em direção aos militares, que chegaram a levantar os escudos.

Em seguida, uma grade foi derrubada e, após serem alvejados por mais garrafas, os policiais se moveram em direção aos manifestantes utilizando spray de pimenta. Os ativistas revidaram com pedras e recuaram.

Apesar da confusão, não houve confrontos mais graves. Às 21h, o protesto começou a esvaziar.

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Pronunciamento
Em pronunciamento à nação, Temer disse que não deixará o cargo. “Não renunciarei. Repito: não renunciarei.” Visivelmente abalado e com um tom de voz ríspido, o peemedebista exigiu investigação rápida sobre o escândalo que abalou a gestão dele.

Na noite de quarta-feira (17/5), Temer foi arrastado para o centro da pior crise vivida desde o início de seu governo. Ele é alvo da delação do empresário Joesley Batista e de outros seis executivos da JBS. Segundo Batista, Temer deu o aval para que o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) fosse comprado.

O protesto contra o presidente Temer ocorreu em outros estados, como Goiás e Rio de Janeiro. Em Goiânia, um motorista atropelou pelo menos quatro pessoas durante a manifestação. Veja vídeo aqui.

 

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