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STJ exclui argumentação do MPDFT que questiona recurso de Arruda

Após acatar recurso da defesa de Arruda para periciar aparelhos de gravação, Corte retirou 400 folhas de considerações do Ministério Público

atualizado

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Elza Fiúza/Agência Brasil
josé roberto arruda
1 de 1 josé roberto arruda - Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

O ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), desconsiderou a argumentação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) que questiona o deferimento de um pedido da defesa do ex-governador José Roberto Arruda. Em 20 de outubro, o magistrado suspendeu todas as ações penas da Caixa de Pandora.

Dias depois, o MPDFT enviou à Corte um documento de 400 páginas, contestando a argumentação dos advogados de Arruda. O ministro, no entanto, determinou que esse novo anexo seja excluído. Na avaliação de Fonseca, a documentação “não traz nenhum fato novo ou desconhecido”.

Os advogados de Arruda pediram a suspensão dos interrogatórios até a conclusão de uma perícia no equipamento usado pelo delator do esquema e ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa. Em 10 de outubro, o ministro do STJ atendeu ao pedido. A medida, em caráter liminar, “congela” as ações penais até que o mérito do recurso seja julgado.

 

Arte/ Metrópoles

Perícias concluídas
Embora Arruda e os demais réus da Caixa de Pandora tenham ganhado tempo, o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), promotor Clayton Germano, acredita que o recurso do ex-governador será negado.

O Instituto Nacional de Criminalística já fez duas perícias demonstrando que não há edição na escuta ambiental feita por Durval Barbosa. Estamos confiantes que vamos reverter. O Ministério Público encara com naturalidade a decisão do ministro

Clayton Germano, promotor do Gaeco

“Indução ao erro”
O MPDFT encaminhou os documentos ao STJ por acreditar que a defesa do ex-governador “induziu o ministro ao erro”, segundo o promotor Germano. Até agora, há um voto a favor do recurso, que tramita na Quinta Turma. O colegiado é composto por cinco magistrados e o julgamento está suspenso devido a pedido de vista do ministro Felix Fischer.

A defesa de Arruda acredita que conseguirá uma vitória na Corte. O advogado João Francisco Neto considerou a petição do Ministério Público “esdrúxula, descabida e inusitada”, uma vez que o relator já havia proferido o voto. Segundo Neto, os promotores “se aproveitaram de um pedido de vista para contraditar e se insurgir intempestivamente contra o voto do relator”.

A suspensão das ações penais beneficiam, ao todo, 39 réus da Caixa de Pandora. A operação, iniciada em 2009, desmascarou um engenhoso esquema de corrupção envolvendo autoridades do governo à época, deputados distritais e empresários.

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