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Ministério Público denuncia integrantes da Máfia dos Concursos

Quatro suspeitos foram denunciados por organização criminosa, fraudes em certames de interesse público e falsificação de documento

atualizado

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GIOVANNA BEMBOM/METRÓPOLES
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1 de 1 Helio-Ortiz1 - Foto: GIOVANNA BEMBOM/METRÓPOLES

O Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) denunciou, nesta sexta-feira (8/9), quatro acusados de integrar a Máfia dos Concursos que agia na capital. Hélio Ortiz, o filho Bruno Ortiz, Rafael Rodrigues da Silva e Johann Gutemberg dos Santos foram denunciados pelos crimes de organização criminosa, fraudes em concursos e falsificação de documento público.

O MP encaminhou a ação à Vara Criminal e ao Tribunal do Júri de Águas Claras. No dia 30 de agosto, eles já haviam sido indiciados pela Polícia Civil. As investigações da Operação Panoptes, que prendeu os quatro, continuam e possíveis fatos referentes a outros envolvidos poderão resultar em novas ações penais.

Os criminosos, de acordo com os investigadores, cobravam dinheiro de alunos de cursinhos prometendo garantir vagas em concursos públicos e até mesmo em vestibulares concorridos de universidades federais. A suspeita é de que pelo menos 100 pessoas tenham sido beneficiadas com o esquema.

Segundo as apurações, os candidatos chegavam a pagar R$ 200 mil para conseguir a aprovação. Era dado um sinal entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. Se o nome constasse entre as primeiras colocações na divulgação do resultado, os aprovados desembolsavam até 20 vezes mais para concretizar o negócio.

As investigações da Divisão de Combate ao Crime Organizado (Deco), da Polícia Civil do DF, apontaram que as fraudes ocorriam, geralmente, de quatro formas. Uma delas era a utilização de ponto eletrônico pelos candidatos, que recebiam as respostas de membros da organização criminosa, denominados “pilotos”. Eles seriam os responsáveis por fazer a prova e sair do local com as respostas. Outra forma de operação era a utilização de celular escondido no banheiro, com transmissão das soluções.

Também foi verificado o envolvimento de bancas organizadoras, que recebiam as folhas de resposta quase em branco e faziam o preenchimento de acordo com o gabarito oficial. O último método consistia na realização da prova por outra pessoa, que não o inscrito, com o uso de documentos falsificados.

O grupo agia sob a liderança do ex-servidor do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) Hélio Ortiz. E envolvia até o dono de uma faculdade, que fornecia diplomas de curso superior aos candidatos. Ortiz foi preso pela primeira vez em 2006. Julgado e condenado, acabou solto por não ter, à época, a tipificação do crime de fraudes em concursos públicos.

Segundo a Polícia Civil, Bruno, morador de Águas Claras, era o executor do esquema e aliciava os candidatos; Rafael trabalhava sempre ao seu lado, auxiliando nas atividades ilícitas; e Johann viabilizava diplomas falsos de graduação e pós a quem precisasse e pagasse bem. Os quatro continuam presos.

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