metropoles.com

Justiça do DF manda plano de saúde bancar tratamento de fertilização

A seguradora terá que arcar com o procedimento, que custa em média R$ 20 mil, no prazo máximo de 10 dias

atualizado

Compartilhar notícia

Michael Melo/Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) condenou o Bradesco Saúde S/A a autorizar e custear procedimentos de fertilização in vitro para um casal com infertilidade. A seguradora terá que arcar com o tratamento no prazo máximo de 10 dias, que custa em média R$ 20 mil, sob pena de multa diária caso haja o descumprimento da decisão.

A defesa alegou que o procedimento não está previsto na cobertura do plano, tampouco no rol de procedimentos e eventos em saúde editado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

No entanto, para a advogada Nathália Monici, que representou o casal na ação, o Poder Judiciário reconheceu o direito não somente ao tratamento da doença, mas também ao planejamento familiar, previsto no Código Civil, na Constituição Federal e também na legislação que rege as operadoras de planos de saúde (Lei 9.656/98).

“A infertilidade é doença reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), razão pela qual entendemos que seu tratamento faz jus à cobertura. Caso não fosse reconhecido judicialmente o direito à reprodução assistida, o casal seria penalizado ao não poder concretizar o sonho de gerar um filho”, afirma.

O desembargador Josaphá Francisco dos Santos concedeu o pedido de tutela de urgência ao reconhecer a necessidade imediata para o início do tratamento. Dada a idade avançada da esposa (35 anos), havia o risco de agravamento da doença e de a infertilidade do casal tornar-se permanente, fatos que embasaram a antecipação do provimento jurisdicional.

Compartilhar notícia