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Distritais confirmam indicações, mas negam “mesadas” no governo Arruda

Cristiano Araújo (PSD) e Bispo Renato Andrade (PR) foram ouvidos nesta quinta-feira (22/9), como testemunhas, em uma ação de improbidade administrativa que corre na 2ª Vara de Fazenda Pública do DF e disseram não ter conhecimento de suposto esquema de propina na Câmara

atualizado

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bispo renato
1 de 1 bispo renato - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Depois de tentarem derrubar na Justiça a obrigação de prestarem depoimento como testemunhas em uma das audiências da Caixa de Pandora, os deputados Cristiano Araújo (PSD) e Bispo Renato Andrade (PR) foram ouvidos na manhã desta quinta-feira (22/9) em uma ação de improbidade administrativa que corre na 2ª Vara de Fazenda Pública do DF. Convocados pela defesa do ex-chefe da Casa Civil do DF José Geraldo Maciel, réu na ação, os distritais falaram principalmente sobre a distribuição de cargos no governo de José Roberto Arruda, mas negaram ter conhecimento do pagamento de suposto esquema de propinas a parlamentares durante a gestão do ex-governador envolvido na Pandora.

Primeiro a ser ouvido, Cristiano Araújo disse que nunca foi procurado por Maciel para negociar apoio político em troca de “mesadas”. Ocupando a primeira vaga no Legislativo em 2007, o distrital afirmou que não compôs a coligação que elegeu Arruda governador do DF em 2006, mas, logo no começo do mandato, integrou a base do ex-governador na Câmara Legislativa e fez indicações dentro do governo.

A defesa de Maciel apresentou ao deputado uma planilha de nomes que foi apreendida durante a Operação Caixa de Pandora, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2009, e Cristiano Araújo reconheceu alguns como indicações feitas por ele para que aliados ocupassem vagas na Administração de Brasília. Segundo ele, as indicações são corriqueiras para os parlamentares que integram a base do governo. Araújo alegou que nunca conversou com o delator do esquema, Durval Barbosa, por “recomendações do pai”. Mas não explicou por que o pai sugeriu um afastamento de Barbosa.

Depois dele, prestou depoimento Renato Andrade, que foi administrador do Riacho Fundo 2 no governo Arruda. Também reconheceu nomes na planilha de indicações apresentada pela defesa de Maciel e disse que a divisão de cargos do governo entre os deputados é uma “praxe” para quem faz parte da base. Ele também negou saber de qualquer irregularidade divulgada com a investigação que gerou o maior escândalo político da capital.

Denúncia
A ação em que os distritais são testemunhas é sobre o reconhecimento de dívidas que o governo fez para pagar contratos com a empresa LinkNet. De acordo com denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), os réus teriam usado contratos com a Linknet Tecnologia e Telecomunicações para desviar R$ 64 milhões dos cofres públicos.

O advogado de Maciel, Paulo Emílio Catta Preta, alega que o cliente, como chefe da Casa Civil na época das investigações, não tinha atribuição para fazer reconhecimentos de dívida ou qualquer negociação semelhante.

São réus também nessa ação: o ex-governador José Roberto Arruda, o ex-vice-governador Paulo Octávio, Luiz Paulo Costa Sampaio (ex-gerente da Codeplan), Ricardo Penna (ex-secretário de Planejamento), Roberto Giffoni (ex-corregedor-geral do DF), Gilberto Batista de Lucena (empresário) e a empresa Linknet Tecnologia.

 

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