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Grupo protesta na Rodoviária contra agressão a transexual

Manifestação foi em apoio à professora Natalha Silva do Nascimento, 33 anos, que teria sido agredida por funcionário da Pastelaria Viçosa

atualizado

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A Pastelaria Viçosa da Rodoviária do Plano Piloto foi palco de um protesto na tarde deste sábado (3/6). Membros do Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos do DF, da ONG Estruturação e ativistas dos direitos humanos se reuniram para lutar pela liberdade de gênero e contra a agressão sofrida pela professora Natalha Silva do Nascimento, de 33 anos.

Com cartazes, bandeiras e um megafone, o grupo pediu o fim da transfobia e a reflexão dos presentes. “A nossa luta é todo dia. Contra o racismo, o machismo e a homofobia”, pediram.

Transexual, Natalha Silva do Nascimento afirma ter sido espancada por um funcionário da Pastelaria Viçosa, localizada na plataforma inferior do terminal, em 26 de abril. As ofensas, segundo a vítima, eram constantes. Diariamente, Natalha passava pelo local para ir ao trabalho e sempre ouvia piadas ofensivas. De acordo com a jovem, no dia da agressão, ela decidiu rebater os assediadores.

“Voltei até lá e gritei: ‘Por que toda vez que passo vocês fazem piadas?’. Um deles respondeu que me xingaria quando quisesse e me chamou de ‘viado’. Então cuspi nele”, diz. O funcionário da lanchonete a atingiu com um soco, que a derrubou no chão. O agressor teria então puxado os cabelos da vítima e continuado a atingi-la com socos e chutes, principalmente na cabeça. A professora afirma que o espancamento só teve fim depois que três moradores de rua intervieram.

Dois dias após a suposta agressão, Nathalha registrou ocorrência na 5ª Delegacia de Polícia (região central do Plano Piloto). Na quarta-feira (31/5), ela também acionou o Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos do DF para responsabilizar os culpados. Ela pretende ainda procurar a Defensoria Pública do DF para obter aconselhamento.

 A Rodoviária é do povo. A Rodoviária é do negro, do branco, do gay, da travesti, da transexual, dos mendigos, é do povo. A Rodoviária não é da Pastelaria Viçosa

Natalha Silva do Nascimento, agredida por funcionário de lanchonete

Presidente do Conselho de Direitos Humanos do DF, Michel Platini lamentou o comportamento dos donos da Viçosa. “A pastelaria tentou descaracterizar a denúncia. Minimizou o comportamento LGBTfóbico de seus funcionários. Não reconheceu o erro de não ter capacitado os seus representantes. A sociedade não tolera mais conviver com a intolerância e a homofobia. A homofobia é démodé e ultrapassada”.

Veja vídeos do protesto desta tarde:

Luta para superar
Arquivo Pessoal

Apesar das agressões, Nathalha tenta seguir a vida, mas luta pela responsabilização do culpado. Em nota publicada nas redes sociais, a pastelaria Viçosa afirma que “repudia veementemente qualquer tipo de discriminação e preconceito”. Segundo o comunicado, o funcionário envolvido no caso “já não faz parte do quadro de colaboradores da Viçosa”.

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