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Greve geral: sem transporte público, DF vai parar na sexta (30/6)

Servidores e trabalhadores vão se manifestar contra as reformas trabalhista e da Previdência. Agenda completa será definida pela CUT na 4ª

atualizado

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Giovanna Bembom/Metrópoles
greve geral
1 de 1 greve geral - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

Dezenas de categorias prometem aderir na próxima sexta-feira (30/6) à greve geral marcada pelas centrais sindicais. Os servidores e trabalhadores da iniciativa privada cruzarão os braços contra as reformas trabalhista e da Previdência nas principais cidades do país. No Distrito Federal, rodoviários e metroviários anunciaram adesão ao movimento. Com isso, quem depende de transporte público (cerca de um milhão de pessoas) ficará sem ter como se deslocar na capital do país por 24 horas.

Por meio das redes sociais, o Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal confirmou a adesão. Motoristas e cobradores trocarão os postos de trabalho pela participação em manifestações na área central da cidade. Os coletivos devem ficar sem circular das 4h de sexta-feira (30) até o mesmo horário de sábado (1º/7).

“Há uma mobilização de todos os trabalhadores brasileiros no sentido de lutarmos contra essa medida que retira os direitos conquistados. Não faz sentido os rodoviários não participarem da luta. Estaremos nas ruas para vencer essa briga”, disse o diretor do sindicato, José Carlos da Fonseca (Gibran).

O Sindicato dos Metroviários (SindMetrô-DF) também informou que a categoria vai parar para defender os direitos dos trabalhadores.

As entidades que representam os servidores públicos da Saúde e Educação afirmaram que vão aderir à paralisação. Os docentes da rede pública devem participar em massa do movimento e não haverá aulas por todo o Distrito Federal na sexta-feira. Segundo o Sinpro-DF, os docentes se reunirão na Praça do Relógio, em Taguatinga, às 9h, para um ato em favor do movimento.

“A mobilização deve ser cotidiana, conscientizando toda a classe trabalhadora sobre a importância da unidade, pressionando os parlamentares para que votem contra estes retrocessos e participando da Greve Geral, que representa a união dos trabalhadores de todo o país”, explicou a diretora do Sinpro, Rosilene Corrêa.

Servidores filiados ao Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde-DF) também cruzarão os braços. A entidade não confirmou quais serviços serão afetados. Haverá reunião nesta terça (27) para definir como será a participação e qual o contingente que será destinado para manter os serviços essenciais.

O Sindicato dos Bancários do DF confirmou em assembleia que as atividades serão paralisadas no dia 30 de junho a partir da 0h. Quem também confirmou participação no movimento foi o Sindicato dos Servidores Públicos Federais do DF. Trabalhadores da CEB e da Caesb têm reuniões previstas para quarta (28) e quinta (29), respectivamente, para decidirem se vão parar os serviços.

Corte de ponto
De acordo com o Governo do Distrito Federal (GDF), ainda não há previsão de manifestações na Esplanada dos Ministérios. O Palácio do Buriti, entretanto, informa que vai cumprir a Lei Geral de Greve aplicada ao serviço público, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que prevê corte de ponto.

Nesta quarta (28), a Central Única dos Trabalhadores se reunirá com os sindicatos. Será discutida a agenda de atos, e só então divulgada a lista final das categorias que vão aderir.

A Secretaria de Segurança informou que está finalizando o plano de segurança e vai divulgá-lo assim que estiver concluído.

Confira as reivindicações dos trabalhadores:

– Contra a reforma trabalhista;

– Contra o desmonte do serviço público;

– Contra o fim do Mais Médicos;

– Contra a privatização das estatais;

– Contra o fim dos concursos;

– Contra o aumento da idade mínima para se aposentar (65 anos para homens e mulheres);

– Contra o fim da aposentadoria rural;

– Contra o fim das férias de 30 dias;

– Contra o aumento da jornada de trabalho para 12 horas;

– Contra a redução do horário de almoço para 30 minutos;

– Contra o ‘negociado sobre o legislado’;

– Pela manutenção dos direitos da CLT;

– Contra o fim do Programa Farmácia Popular;

– Contra a escravidão no campo;

– Contra a anistia aos banqueiros;

– Fora Temer;

– Em defesa da democracia;

– Por eleições diretas

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