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Governo faz ação para combater transporte de carne clandestina no DF

Operações para evitar o transporte de alimentos sem o controle da inspeção sanitária foram realizadas durante toda a semana

atualizado

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Renato Araújo/Agência Brasília
apreensão de carne
1 de 1 apreensão de carne - Foto: Renato Araújo/Agência Brasília

O Governo do DF deflagrou uma mega operação de fiscalização contra o transporte de carne clandestina nesta semana. As ações começaram na segunda-feira (11/4) entre as 21h e as 2h de terça (12), nas BRs-060, 070 e 080 e na DF-180. Entre quarta (13) e quinta-feira (14), no mesmo horário, os fiscais agiram em três rodovias: BR-040, BR-060 e a DF-140. Segundo GDF, neste ano já foram vistoriados 1.633 veículos e apreendidas três toneladas de pescado clandestino.

Nas operações desta semana, participaram funcionários da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Secretaria de Fazenda, da Polícia e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. O balanço da ação deve ser divulgado na sexta-feira (15).

Segundo o gerente de Fiscalização do Trânsito de Produtos Agropecuários da Secretaria da Agricultura, Fábio Júnior da Conceição Azevedo, as ações de fiscalização são feitas durante a noite porque esse é o horário mais provável de existir transporte de cargas ilegais.

Além dessa ação conjunta, a Secretaria da Agricultura fiscaliza diariamente rodovias em diferentes pontos e horários na capital federal. Azevedo afirma que há um mercado consumidor atrativo para esses produtos clandestinos. “Como o poder aquisitivo aqui é maior do que em outros lugares do País, o produto tem seu valor aumentado.”

Riscos
Azevedo ressalta que há punição para quem produz ou transporta alimentos — de origem animal ou vegetal — que ofereçam riscos à saúde pública. O material é apreendido, a pessoa recebe advertência e multa que pode variar de R$ 2,4 mil a R$ 120 mil a depender de reincidência no delito.

A gerente de Inspeção da Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal, Cláudia Alessandra Gomes, da Secretaria da Agricultura, alerta que a carne de abates clandestinos pode estar contaminada — animal pode estar doente ou o abate ter sido feito em locais sem estrutura e higiene — e causar infecções alimentares, com diarreia, dores abdominais e febre.

Ainda, segundo a gerente, há riscos de o consumo dessa carne causar abortos e até levar pessoas com o sistema imunológico mais baixo — como idosos, crianças e grávidas — à morte.

A carne apreendida nessas operações, portanto, não serve para o consumo humano. “No máximo, a gente doa para o zoológico e, mesmo assim, tem de passar por exames”, afirma o veterinário Marco Antônio de Azevedo Martins, da pasta da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. “Não se tem o controle de como aquele animal foi abatido nem se era um animal saudável. Também não se sabe se o transporte da carne foi feito em ambiente refrigerado.”

Martins ressalta também que o consumidor deve estar atento a laticínios que não tenham passado pela inspeção sanitária, já que também podem estar contaminados.

Selos de inspeção
Quando o alimento passa por avaliação de acordo com as normas sanitárias brasileiras, recebe um selo de inspeção, colocado no rótulo do produto. O certificado emitido pelo governo de Brasília é do Sistema de Inspeção Distrital, e o do governo federal é do Sistema de Inspeção Federal. Caso duvide da procedência, o consumidor também pode solicitar a apresentação do selo em restaurantes, bares e lanchonetes. (Com informações da Agência Brasília)

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