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Ex-senador Roger Molina é levado à UTI e deve passar por cirurgia

Ex-parlamentar boliviano sofreu um acidente aéreo no último sábado (12/8), em Luziânia. FAB investiga

atualizado

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Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
roger pinto molina, acidente , luziânia
1 de 1 roger pinto molina, acidente , luziânia - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

O ex-senador boliviano Roger Pinto Molina, 58 anos, foi transferido para um leito na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base do Distrito Federal nesta segunda-feira (14/8). Também está prevista a realização de uma cirurgia na mão do paciente. Vítima de um acidente aéreo em Luziânia (GO), no último sábado (12), o ex-parlamentar segue instável, em estado grave, e respirando por aparelhos, segundo boletim médico divulgado pela Secretaria de Saúde no fim desta tarde.

Desde domingo (13), já havia sido disponibilizada uma vaga de UTI a Roger Molina no Hospital das Forças Armadas (HFA), no Cruzeiro. No entanto, segundo a SES-DF, ele não apresentava as condições necessárias para ser transferido ao local.

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De acordo com a Secretaria de Saúde, ao dar entrada no HBDF, no sábado (12), o paciente apresentava ferimentos diversos e traumatismo crânioencefálico. Os médicos fizeram drenagem bilateral no tórax e uma traqueostomia de urgência. Durante a noite e madrugada também foram feitas tomografias, análises de raio X e laboratoriais.

Acidente
Molina pilotava uma aeronave que caiu em Luziânia (GO), Entorno do DF, no sábado (12/8). Técnicos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), da Força Aérea Brasileira (FAB), estiveram no Aeroclube de Brasília, que tem sede operacional em Luziânia, para captura de fotos, coleta de documentos e entrevistas com testemunhas.

O modelo experimental do ultraleve pilotado pelo ex-senador possuía registro na Agência Nacional de Aviação (Anac) e tinha prefixo PU-MON. Roger Molina fez a parada em Luziânia para abastecimento. O destino final era Brasília, cidade onde o ele mora. Um vídeo divulgado na página do Facebook Radar Luziânia On-line mostra a aeronave taxiando pouco antes da decolagem.

Molina foi senador pelo Plano de Progresso para a Bolívia – Convergência Nacional, partido de extrema direita daquele país. Ele se tornou conhecido no Brasil em 2012. Acusado pelo governo Evo Morales em mais de 20 processos por irregularidades como dano econômico ao Estado, estimados na época em US$ 1,7 milhão, o ex-parlamentar se refugiou na Embaixada do Brasil em La Paz.

Conseguiu asilo no Brasil no ano seguinte sob alegação de perseguição política. Molina foi transportado de carro pela fronteira boliviana em Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Sua fuga causou dissabores ao governo brasileiro e levou à demissão do então ministro das relações exteriores, Antônio Patriota.

O ex-senador também foi lembrado em 2016, dessa vez por conta do acidente com o avião da Chapecoense, na Colômbia. Ele era sogro do piloto da aeronave, Miguel Quiroga, e um dos donos da empresa Lamia. Quiroga era casado com Daniela, filha de Roger Molina, com quem teve três filhos.

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