Justiça libera suspeito de assassinar jornalista no Entorno
Crime ocorreu em julho, em Santo Antônio do Descoberto (GO)
atualizado
Compartilhar notícia
Três meses após ser preso, Douglas de Morais, 40 anos, que era chefe da segurança da administração de Santo Antônio do Descoberto (GO), conseguiu um alvará de soltura autorizado pelo Tribunal de Justiça de Goiás. Ele é suspeito de ter participado da execução do jornalista João Miranda do Carmo (foto em destaque), 54 anos, no dia 24 de julho.
João costumava denunciar suspeitas de irregularidades na gestão do prefeito Itamar Lemes do Prado e também noticiava o crescimento do tráfico de drogas na região. O jornalista, que era dono do site de notícias SAD Sem Censura, já havia registrado três queixas de ameaça na delegacia da cidade. Há seis meses, a ocorrência foi contra um traficante — ele chegou a ter o carro incendiado para que “parasse de tocar em certos assuntos”.O crime
No dia em que foi assassinado, João estava em casa quando quatro homens armados chegaram em um veículo vermelho e o chamaram no portão. Ao sair para atendê-los, eles efetuaram cerca de 13 disparos. As investigações apontam que Douglas planejou o assassinato de João para vingar o irmão, preso em fevereiro por homicídio. O jornalista publicou reportagens sobre o caso. No entanto, a suspeita de crime político ainda não foi descartada.
Rooney da Silva Morais, 22 anos, filho de Douglas, também é suspeito de ter participado do crime. Ele segue preso. Os investigadores acreditam que Rooney tenha disparado os 13 tiros contra o jornalista. Ao pai, coube a função de dirigir o carro na fuga.