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Sem dinheiro até para gás de cozinha, escolas podem não retomar aulas

Quase 90 instituições de ensino não receberam a primeira parcela do PADF. GDF promete pagamento nesta semana

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
enem eja sala aula
1 de 1 enem eja sala aula - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Quase 90 escolas públicas do Distrito Federal podem não voltar às aulas no segundo semestre letivo. É o que garante o Sindicato dos Professores (Sinpro/DF), que cobra o repasse da primeira parcela do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (PDAF) de 2017. Segundo a entidade, as instituições de ensino não podem abrir as portas e continuar funcionando sem esse dinheiro.

“Desde o início do ano, o governo Rodrigo Rollemberg (PSB) prometeu repassar os valores devidos e, até agora, não cumpriu a promessa. Por causa disso, escolas como o Centro de Ensino Fundamental nº 03 (CEF 03), do Gama, e a Escola Classe nº 45 (EC 45), de Ceilândia, estão sob risco de fecharem as portas após o recesso de julho”, afirmou o sindicato, por meio de nota.

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Ainda de acordo com a diretoria do Sinpro, muitas intituições não têm sequer o dinheiro da merenda. “As escolas que não receberam a primeira parcela do PDAF de 2017 estão enfrentando uma série de problemas. Estão, por exemplo, com o fornecimento do lanche prejudicado porque precisa do gás de cozinha para produzi-lo e não têm dinheiro para comprá-lo. Faltam coisas básicas para o funcionamento mínimo de uma escola, como material pedagógico, papel higiênico nos banheiros, sabão, pincel e tudo o mais que uma escola precisa para funcionar diariamente”, afirma o diretor do sindicato Jairo Mendonça.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) informou que o repasse para as 87 unidades escolares que ainda não receberam o recurso está previsto para esta semana. “O atraso deve-se à morosidade no processo de entrega da documentação, análise e correções das prestações de contas das escolas e coordenações regionais de ensino”, ressaltou a pasta.

No entanto, o sindicato rechaça o argumento. “Isso não é verdade. A documentação das sete escolas do Gama que não receberam o PDAF, por exemplo, está correta, a prestação de contas em dia e nenhuma pendência”, assegurou Jairo Mendonça. Ainda de acordo com o dirigente sindical, essa situação poderia ter sido evitada se o GDF “estivesse cumprindo o Plano Distrital de Educação (PDE), sancionado pelo atual governador”.

De acordo com a Lei da Gestão Democrática e de Descentralização Administrativa e Financeira das Escolas, todas as instituições devem receber uma parcela do PDAF no primeiro semestre e, outra, no segundo. “Mas entramos no sétimo mês e, até hoje, metade das 96 escolas públicas de Ceilândia ainda não recebeu a primeira parcela”, denuncia Fernando Tiago de Souza Santos, professor de educação física e diretor da Escola Classe 45 (EC 45), de Ceilândia.

 

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