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No DF, para cada universitário na rede pública existem 4 na particular

Segundo Censo da Educação Superior 2016, divulgado pelo Ministério da Educação, a cidade perde apenas para São Paulo nesta proporção

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1 de 1 capacenso - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Com apenas duas instituições gratuitas de ensino superior — Universidade de Brasília e Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde –, o Distrito Federal tem uma realidade bem acima da média nacional quando se avalia a proporção entre as matrículas de alunos nas redes privada e pública. Para cada universitário que estuda em escolas particulares, apenas um é estudante de cursos bancados com recursos governamentais.

O DF só perde para São Paulo, onde são cinco estudantes pagando mensalidades para cada um na rede gratuita. A média nacional é de 2,5. Os dados fazem parte do Censo da Educação Superior 2016 divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nesta quinta-feira. Segundo o levantamento, a quantidade de instituições de ensino superior particulares no Brasil é bem maior (87,7%) do que a da rede pública.

Reprodução

 

 

Ainda de acordo com o censo, as matrículas na educação superior continuam aumentando segundo média histórica. Porém, em 2016 houve tendência de desaceleração. Em 2014, foram 7.839.765 novos alunos. Já no ano de 2015, 8.033.574 e em 2016, 8.052.254.

Para a estudante Sofia Ishihara, 20 anos, que cursa simultaneamente faculdades pública e particular, quando o ensino é pago, as pessoas dão mais valor. Por isso, na avaliação dela, a quantidade de formandos é maior. “Na UnB temos também uma questão de disponibilidade de horário, que complica a grade. Mas quando uma coisa é paga, em geral as pessoas se esforçam mais”, afirma.

A colega Beatriz Xavier, 27 anos, está no terceiro curso universitário. Ela conta que deixou a universidade pública pela dificuldade em conciliar com outras atividades. O curso demandava sua presença em horários e dias distintos, o que atrapalhava uma rotina no trabalho. “Além disso, tive problemas com aproveitamento de créditos do curso particular. Cursei de novo as mesmas matérias. Ocupei vaga de um novo aluno, que poderia estar cursando aqueles créditos”, explica.

 

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O censo mostrou que houve aumento no número de matrículas na modalidade a distância e queda nas opções presenciais. Quanto à conclusão de cursos, em 2016, mais de 1,1 milhão de alunos se formaram, a maioria em cursos presenciais. Na educação a distância, houve queda dos estudantes que concluíram curso superior. Apenas 21,1% dos universitários da rede pública se formaram contra 78,9% de quem estava pagando a mensalidade para estudar.

Estatísticas
Em 2016, 34.366 cursos de graduação foram ofertados em 2.407 instituições de educação superior (IES) no Brasil para um total de 8.052.254 estudantes matriculados. Segundo as estatísticas apresentadas, as 197 universidades existentes no país equivalem a 8,2% do total de IES, mas concentram 53,7% das matrículas em cursos de graduação.

No ano passado, o número de matrículas na educação superior (graduação e sequencial) continuou crescendo, mas essa tendência desacelerou quando comparada aos últimos anos. Entre 2006 e 2016, houve aumento de 62,8%, com uma média anual de 5% de crescimento. Porém, em relação a 2015, a variação positiva foi de apenas 0,2%.

 Os cursos de bacharelado mantêm sua predominância na educação superior brasileira com uma participação de 69% das matrículas. Os cursos de licenciatura tiveram o maior crescimento (3,3%) entre os graus acadêmicos em 2016, quando comparado a 2015.

Em 2016, foram oferecidos mais de 10,6 milhões de vagas em cursos de graduação, sendo 73,8% vagas novas e 26,0%, vagas remanescentes. Das novas vagas oferecidas no ano passado, 33,5% foram preenchidas, enquanto apenas 12,0% das vagas remanescentes foram ocupadas no mesmo período.

Em 2016, quase 3 milhões de alunos ingressaram em cursos de educação superior de graduação. Desse total, 82,3% em instituições privadas. Após uma queda observada em 2015, o número de ingressantes teve um crescimento de 2,2%, em 2016. Isso ocorreu porque a modalidade a distância aumentou mais de 20% entre os dois anos, enquanto nos cursos presenciais houve um decréscimo de 3,7% no número de ingressantes.

Perfil

Entre os professores, os mais frequentes são homens, com idade média de 34 anos, formação em doutorado e trabalho em tempo integral na rede pública; e 36 anos, formação em mestrado e trabalho em tempo parcial na rede privada.

Para os alunos, a pesquisa mostra a predominância de mulheres nas duas redes de ensino superior. O turno noturno conta com mais alunos. A média de idade nos cursos presenciais é de 21 anos e a preferência é por bacharelado. Já no ensino a distância a média é de 28 anos e a escolha, por cursos de licenciatura.

Ainda segundo o Censo da Educação Superior 2016, apesar da maior parte dos estudantes estrangeiros vir de países do continente americano, o país com o maior número de alunos no Brasil é Angola.

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