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Incluída no rodízio da água, UnB busca medidas para manter as aulas

A suspensão das aulas se deu apenas nesta segunda (6/3) e não deverá ocorrer nos demais dias de racionamento, segundo a diretoria

atualizado

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Michael Melo / Metrópoles
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1 de 1 unb michael - Foto: Michael Melo / Metrópoles

A Universidade de Brasília (UnB) está tomando medidas para reduzir o consumo de água e ampliar a sua reserva. Incluída no rodízio de abastecimento do Distrito Federal, a instituição chegou a adiar o início das aulas no principal campus da instituição em função do racionamento. “O que observamos é que a crise não vai acabar no mês que vem ou no semestre que vem. A crise tem uma perspectiva de prazo maior e precisamos estar preparados para medidas estruturais para suportar maiores restrições, já que ainda vamos enfrentar o período de seca no DF”, diz o diretor da Diretoria de Gestão de Infraestrutura da UnB, Alberto de Faria.

O início das aulas seria hoje (6) e foi adiado para amanhã (7) no campus Darcy Ribeiro, o maior dos quatro campi da UnB, localizado na Asa Norte. Com mais de 500 mil m² de área construída, diariamente o campus recebe de 20 a 35 mil pessoas, segundo Faria. Além das dezenas de institutos e faculdades, o local conta com mais de 400 laboratórios, hospitais e restaurante universitário. “Uma pequena cidade não chega a 20 mil habitantes”, diz o diretor.

Nesta segunda-feira, o expediente administrativo ocorre normalmente. Apenas os vestiários do Centro Olímpico estão fechados, bem como o atendimento ao público externo na Biblioteca Central. Alguns laboratórios também mantiveram as atividades. “Desde a semana passada conversamos sobre isso e decidimos pedir que as pessoas trouxessem garrafinhas de água para consumo próprio”, diz a estudante de nutrição Juliana Silva, 22 anos, que integra a equipe do Laboratório de Bioquímica da Nutrição do Núcleo de Medicina Tropical. “Muitas das atividades que desenvolvemos não dependem de água, mas mais de computadores. O semestre começou e decidimos manter as atividades”. Segundo ela, até o início da tarde, o fluxo de água estava normal.

De acordo com Faria, a suspensão das aulas se deu apenas hoje e não deverá ocorrer nos demais dias de racionamento. A intenção é que a instituição possa medir o fluxo de água e estar preparada para quaisquer intercorrências. Desde já, algumas medidas estão sendo tomadas para reduzir o consumo: grandes faxinas e limpezas estão suspensas nos dias de racionamento, assim como eventos sociais. O uso dos vestiários no Centro Olímpico, local que não conta com reservatório de água, também está suspenso. Além do dia de racionamento, o retorno da água ocorrerá em até 48 horas até a total normalização, fazendo com que a reserva seja usada por mais tempo. A universidade conta com 16 caixas d’água e cinco reservatórios de reuso.

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