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Com Temer, situação financeira do brasiliense é igual a com Dilma

População local viu pouca diferença nas finanças pessoais com a mudança na administração federal. Para 67,6% dos moradores da capital, o cenário é igual ao vivido na época da petista

atualizado

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Lula Marques/Agência PT
Michel Temer e Dilma Rousseff
1 de 1 Michel Temer e Dilma Rousseff - Foto: Lula Marques/Agência PT

Dilma? Temer? Coxinha? Mortadela? Qualquer que seja o resultado dessa reta final de julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff, para o bolso do brasiliense, não há diferença. A mudança no comando do governo federal não alterou a situação econômica de quem mora por aqui. Essa é a percepção da população, revelada por levantamento feito pelo Paraná Pesquisas.

A pedido do Metrópoles, o instituto verificou que, para 67,6% da população do Distrito Federal, depois que Michel Temer (PMDB) assumiu interinamente a Presidência da República, a situação econômica permaneceu inalterada. Para outros 20,6%, entretanto, a realidade piorou; e apenas 8,2% afirmaram que houve melhora. Não souberam ou não quiseram opinar 3,7% dos entrevistados.

 

No recorte por classes sociais, a pesquisa mostra que os principais afetados pela mudança foram as pessoas que recebem até R$ 1.446 mensais. Nesse grupo, 33,5% dizem que houve piora, 5,4% constataram melhora e 57% afirmaram que continuou igual. Por outro lado, 9,6% dos entrevistados que ganham mais de R$ 2.410 disseram que houve melhora, 16,6% piora e 70% se mantiveram como estavam.

Nível de instrução
No mesmo sentido, quanto mais estudo tinha o entrevistado, menos ele se disse afetado pela mudança. Para 72,4% dos pesquisados com nível superior, a situação se manteve igual após a troca no comando federal. Para 15,1%, houve piora e 9,3% relataram melhora. Já entre aqueles que têm apenas o ensino fundamental, 58,3% disseram que nada mudou; 15,1%, que piorou; e 7,8%, que melhorou.

Da mesma forma, as perspectivas profissionais da população parecem não ter sido diretamente afetadas pela mudança do governo. Perguntados sobre a relação com o próprio trabalho nos próximos 12 meses, 60,4% preveem que as coisas continuarão como estão. Já 23,6% avaliaram que há chances de perder o emprego no período, e 14,6% acreditam que podem ser promovidos. Não souberam ou não quiseram opinar 1,5% dos entrevistados.

De acordo com o diretor do Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, Temer precisa reverter os índices econômicos, sob pena de enfrentar uma grande insatisfação popular. “Há uma boa vontade da população por enquanto, mas isso somente persistirá se a situação melhorar”, avaliou.

No levantamento atual, o Paraná Pesquisas ouviu 1.302 pessoas no DF nos dias 6 e 8 de agosto. O índice de confiança do levantamento é de 95%, e a margem de erro, de 3%. Os entrevistados foram selecionados aleatoriamente para responder aos questionários, de acordo com cotas de sexo, idade e escolaridade.

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