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Pequenas empreendedoras. No DF, mulheres são maioria nos programas de microcrédito

Dados da Secretaria do Trabalho mostram que as mulheres foram as que mais obtiveram financiamento em 2015 para expandir o próprio negócio, com índice de 60%

atualizado

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Tony Winston/Agência Brasília
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1 de 1 empreendedoras, prospera, secretaria do trabalho do DF - Foto: Tony Winston/Agência Brasília

As irmãs Marina Praia, de 44 anos, e Vânia Praia, 38, são proprietárias de um salão de beleza na Asa Norte. Marina trabalhava como funcionária no setor, mas sempre sonhou em ter o próprio negócio. Depois de quase cinco anos à frente da empresa em sociedade com a irmã mais nova, ela afirma que a mudança valeu a pena. “Você pode ter uma profissão e ser bem-sucedida com um emprego no ramo que escolher, mas, ainda assim, é um pouco desigual em relação aos homens. Acredito que ser empreendedora é um bom motivo para as mulheres tentarem esse equilíbrio.”

Vânia acrescenta que, além de coragem, é preciso ter muita cautela ao iniciar a própria empresa. “Não é fácil administrar. As pessoas, às vezes, nos subestimam por sermos mulheres, e é preciso lutar diariamente para fazer o negócio dar certo e ir de encontro a certos padrões impostos pela sociedade.”

Assim como Marina e Vânia, centenas de mulheres brasilienses têm optado para ser dona do próprio negócio. No Propera-DF, programa governamental que oferece microcrédito para pequenos empreendedores locais, as mulheres foram as que mais obtiveram financiamento em 2015 para expandir o próprio negócio, com índice de 60%.

A informação é da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. Os recursos do projeto são provenientes do Fundo para a Geração de Emprego e Renda do DF.

Nos sete lotes do programa disponíveis no ano passado, 149 contratos foram fechados com mulheres, contra 99 com homens. Entre os setores econômicos mais influenciados pelos recursos estão comércio (55%), agricultura (24%), serviço (8%), indústria (7%), pecuária (4%) e artesanato (2%).

Do total de créditos, 65% foram destinados a empreendedores da área urbana. Além disso, dados da secretaria apontam que, nos últimos dois anos, 60% dos contratos fechados nas cidades são para as empreendedoras, enquanto os homens respondem por 95% dos empréstimos na zona rural.

A expectativa da Secretaria do Trabalho é que o primeiro lote do Prospera saia ainda em março, com a entrega das primeiras cartas de crédito. O total em recursos deve ultrapassar R$ 240 mil. Para o secretário-adjunto do Trabalho, Thiago Jarjour, a mulher empreendedora é uma realidade não só no Distrito Federal, mas em todo o País: “Elas estão mais corajosas para enfrentar o mercado”. (Informações da Agência Brasília)

 

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