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Dois cachorros e um gato morrem após ação de derrubada no Sof Sul

Segundo protetores de animais, equipes da Agência de Fiscalização (Agefis) não teriam esperado os invasores tirarem animais do local e passaram com as máquinas em cima dos bichos. A agência nega que tenha matado os bichos

atualizado

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Divulgação/Agefis
Derrubada Agefis
1 de 1 Derrubada Agefis - Foto: Divulgação/Agefis

Uma ação de derrubada no Sof Sul terminou em confusão, na manhã dessa sexta-feira (9/9). Equipes da Agência de Fiscalização (Agefis) não teriam esperado os invasores tirarem animais do local e teriam passado com as máquinas em cima dos bichos. Dois filhotes de cachorro e um de gato morreram durante a ação. Associações de proteção aos animais estiveram no local neste sábado (10) e vão registrar ocorrência na Polícia Civil.

Segundo Ana Paula Mendes, que integra grupos de proteção aos animais, as equipes da Agefis chegaram ao local por volta das 8h de sexta e logo começaram a derrubada. “As máquinas foram derrubando os lotes e não respeitaram a lei dos bichos. Passaram em cima dos filhotes que tinham acabado de nascer. Encontramos mortos dois filhotes de cachorro e um de gato”, afirma.

Derrubada Sof Sul
Imagem da mãe enquanto procurava os filhotinhos mortos

A quantidade de bichos mortos, no entanto, pode ser maior. “Pelo que os moradores nos relataram, gatos foram misturados aos entulhos e levados dentro de caçambas”, completa Ana Paula.

As mortes dos animais foram descobertas pelas associações neste sábado (10), quando integrantes do grupo estiveram na região para levar ração. “Fazemos ação aqui ajudando a castrar os animais e trazendo ração. Quando chegamos hoje, uma das protetoras encontrou os animais mortos e foi informada. Vamos registrar o caso na Polícia Civil”, garante Ana Paula.

Em nota, a Agefis disse que realizou uma operação de retirada de acumuladores de lixo dentro do Parque Ecológico Ezechias Heringer, no Guará. Mas negou a acusação dos protetores de animais. “Nenhum óbito de animal foi constatado durante a operação”. A agência disse, no entanto, que o comando da operação estava sob a responsabilidade da administração do Guará.

A assessoria de imprensa da administração afirmou que todas as normas de segurança foram cumpridas durante a operação, que contou com o Ibram e a Zoonose para  “que não houvesse nenhum dano aos cavalos, cães e gatos do local”. A nota nega ainda que qualquer animal tenha morrido durante a ação. “Muitos deles apresentavam indícios de maus tratos. Um caminhão foi oferecido para que, caso alguém desistisse de seu animal, ele pudesse ser levado a um local adequado”, diz o texto.

 

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