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CPI da Saúde investiga suposto tentáculo de esquema no GDF

Nesta quinta (8/12), os distritais ouviram médico preso na Mr. Hyde e ex-chefe jurídico da Saúde a aprovaram convocação de advogada

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
CPI da Saúde
1 de 1 CPI da Saúde - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A CPI da Saúde ouviu, nesta quinta-feira (7/12), o ortopedista Fabiano Dutra, que foi preso na Mr. Hyde, e o ex-chefe da Assessoria Jurídica Legislativa da Secretaria de Saúde Raphael Rosa de Paiva. Eles negaram fazer parte de suposto esquema na saúde, mas, como desdobramento dos depoimentos, a CPI aprovou a convocação da também ex-chefe da Assessoria Jurídica da Secretaria de Saúde Hellen Falcão. Ela deve depor na Câmara na próxima segunda-feira (12).

Paiva disse aos distritais que foi indicado por Hellen Falcão para substitui-la no cargo num período de 49 dias – no final de 2015 – e que não se lembrava de ter assinado qualquer processo para pagamento de dívidas de UTIs, relativas a exercícios anteriores. Negou também ter participado de quaisquer atos ilícitos.

De acordo com a Secretaria de Saúde, Hellen Falcão foi nomeada na pasta em 22 de junho e exonerada, a pedido, em 15 de outubro de 2015. A servidora comissionada voltou a ser nomeada em 3 de dezembro do mesmo ano e demitida em 27 de julho deste ano.

O deputado Wasny de Roure (PT), que apresentou o requerimento para convocação da advogada Hellen Falcão, explicou que ela fora citada em gravações por ter sido supostamente indicada pela filha do governador Rollemberg, Gabriela.

“A nomeação da servidora foi uma escolha do governo, a partir da análise de currículo e competência profissional no desenvolvimento de suas funções, e nada tem a ver com a filha do governador.”, ressaltou a Secretaria de Saúde, por meio de nota.

Ex-coordenador técnico da Ortopedia do Hospital de Base, o ortopedista Fabiano Dutra negou que existisse na unidade um “estoque gigantesco” de órteses e próteses inservíveis que, conforme fora denunciado em reportagens, seria suficiente para 50 anos de utilização.

Ele ressaltou que o lote encontrado de 245 próteses eram, em maioria, sobras e que, “com muito boa vontade” permitiriam a realização de cerca de 45 cirurgias. O ortopedista comentou que um dos problemas que causou a divulgação de informações distorcidas foi o fato de que o “sistema de compras não alimentava a saída dos produtos utilizados”.

Dutra negou que tenha queimado provas que incriminassem a empresa Home Care, onde também trabalhava. Disse que apenas eliminou arquivos pessoais. O médico garantiu ainda aos distritais que o sistema de compras de órteses, que coordenou entre outubro de 2015 a abril de 2016, tinha demanda estimada definida em decisão de colegiado por meio de câmara técnica. (Com informações da Câmara Legislativa)

 

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