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Concurso para oficial dos bombeiros do DF é anulado por falhas

Idecan decidiu anular o certame após constatar “inconsistência” nas folhas de respostas da prova discursiva para 2º tenente

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 bombeiros - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan) anulou nesta terça-feira (14/2) as provas objetivas e discursivas para o concurso de 2º tenente do quadro do Corpo de Bombeiros do DF, no turno da tarde. Os exames foram aplicados no último domingo (12) e geraram muitas reclamações dos candidatos.

Em nota, o instituto informou que tal medida foi necessária em “face da inconsistência havida, relativa à ausência de folha de respostas da prova discursiva”. O novo cronograma de reaplicação das provas será publicado oportunamente no site da empresa.

O Idecan foi anunciado nesta terça a banca escolhida pela Polícia Militar do DF para realizar o concurso destinado ao preenchimento de mais de duas mil vagas para a corporação.

Reprodução

 

De acordo com relatos dos candidatos ao Metrópoles, a banca responsável não disponibilizou a folha oficial para a redação. As pessoas que realizaram a prova tiveram que identificar o rascunho com o número da inscrição, o nome e o CPF.

Além disso os candidatos reclamaram que, no conteúdo do teste, foram cobrados assuntos que não estavam previstos no edital. Algumas pessoas também tiveram problemas nas listas dos locais de prova.

“Um absurdo e uma falta de respeito com os participantes. Desde a primeira aplicação do concurso do CBMDF que essa banca vem cometendo irregularidades. O problema com a folha oficial para a entrega da redação fere o princípio da isonomia. Não podemos ficar sem nenhuma explicação sobre o que ocorreu”, disse o estudante Carlos Willian Nascimento, 28 anos, antes do anúncio da anulação.

O jovem relatou que se preparou para a prova durante um ano e meio e gastou mais de R$ 3 mil com cursinho.

Outras provas
Os problemas começaram no dia 5, quando foi aplicada a prova para condutor e operador de viatura. Essas provas, entretanto, não foram anuladas. Segundo as denúncias, haviam gabaritos com o nome de candidatos trocados, de modo que foi necessário que os inscritos fizessem rasuras no nome que constava no gabarito oficial para assinar o próprio nome.

A arquiteta Laís Silveira, 28, cobra explicações. “Nós fomos avisados com mais de uma hora de prova que teríamos que entregar a redação no rascunho. Isso fere o edital. Não temos nenhuma segurança”, relatou a candidata. Laís comentou ainda que pretendia se inscrever para o concurso da Polícia Militar do DF e a banca vencedora da licitação para a aplicação da prova foi o Idecan. “Não sei mais se vou fazer. A gente teme que aconteça a mesma coisa e desanima”, lamentou.

Para o advogado e concurseiro Antônio Eduardo Carvalho Machado, 25, a prova também deve ser anulada e a entidade responsável pela realização do concurso, substituída. “Não podemos ver um cargo de tamanha importância ser preenchido com tantas irregularidades.”

Representação
Corroborando com as denúncias, o deputado Reginaldo Veras entrou com uma representação nesta terça-feira (14) no Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) pedindo a suspensão “em caráter cautelar”, da realização do concurso e ainda a anulação de todas as provas já realizadas, como também, a aplicação de novos testes (veja documento abaixo).

Deputado pede cancelamento de prova de concurso by Metropoles on Scribd

 

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